segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Eleições para Conselheiros Tutelares


No dia 16 de outubro, acontecerá a eleição dos conselheiros tutelares da capital paulista para a nova gestão 2011 - 2014, por meio de voto secreto, direto e facultativo nas respectivas zonas eleitorais.

A eleição é dirigida pelo Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA), da Secretaria de Participação e Parceria (SMPP), que instituiu uma comissão eleitoral, para este fim, composta por 6 representantes do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, 02 (dois) suplentes do referido Conselho e 02 (dois) representantes da sociedade civil.

Atualmente, existem 37 Conselhos Tutelares em São Paulo, espalhados pelas 31 subprefeituras da cidade. Este número aumentará para 44, após a posse dos conselheiros, no dia 18 de novembro.

As eleições têm como intuito fazer com que a população tenha o direito de escolher conselheiros regionais para trabalhar de acordo com a missão de zelar, fiscalizar, garantir e elaborar propostas que garantam planos e programas a favor dos direitos da criança e do adolescente.

Poderão votar todas as pessoas maiores de 16 anos que possuírem título de eleitor emitido até o dia 29/07/2011. No dia, basta apresentar o título de eleitor ou documento com foto. Os eleitores poderão votar uma única vez e em apenas um candidato para o Conselho Tutelar de uma das 44 regiões de acordo com a listagem dos locais de votação e seções.

Serão utilizadas urnas eletrônicas para garantir que a eleição tenha transparência e transcorra da maneira como os eleitores já estão acostumados, facilitando uma participação maior da comunidade e haverá colégios eleitorais em todos os bairros concentrando as seções adjacentes.

A totalização eletrônica dos votos e/ou a apuração manual terão início no próprio dia 16 de outubro, após confirmação e verificação da chegada de todas as urnas eletrônicas referentes aos respectivos Conselhos Tutelares.

Mais informações acesse: www.prefeitura.sp.gov.br/smpp

As drogas da indústria



Debate Cedem/Unesp

            Legalização e controle estatal de todas as drogas para a constituição de um fundo social para a saúde pública, tema da pesquisa Henrique Carneiro, será o centro do debate no próximo dia 25 de outubro, terça-feira às 18h30, promovido pelo CEDEM – Centro de Documentação e Memória da UNESP.
            Uma política sobre drogas deve abranger os três circuitos de circulação das drogas psicoativas existentes na sociedade contemporânea: o das substâncias ilícitas,o das lícitas de uso recreacional e o das lícitas de uso terapêutico. O álcool já foi remédio, tornou-se droga proibida e voltou a ser substância de uso lícito controlado. Outras, como os derivados da Cannabis, que por milênios fizeram parte de inúmeras farmacopéias, foram objeto de uma proscrição oficial no século XX, a ponto de a ONU querer “erradicar” essa planta, assim como outras tais como a coca e a papoula produtora de ópio. Hoje a Cannabis, entretanto, tem uso medicinal reconhecido em muitos estados norte-americanos e em outros países.
            A indústria farmacêutica no seu conjunto concentra alguns dos maiores grupos empresariais do planeta. Hiperconcentrada, hiperlucrativa e em acelerado crescimento nas últimas décadas faturou 773 bilhões de dólares em 2008. Estreitamente vinculada ao setor de produção de sementes transgênicas e agrotóxicos, a indústria farmacêutica fundiu- se com a indústria de alimentos por meio de várias compras e fusões empresariais. O ramo do tabaco também está imbricado com o setor alimentar e farmacêutico.
            O uso de drogas na sociedade cresce sobretudo por meio dos remédios legais, cuja publicidade incita a um consumo fetichizado e hipocondríaco, na busca de panacéias químicas para mal-estares sociais e psicológicos. Uma política realmente democrática em relação às drogas psicoativas seria aquela que legalizasse todas, submetendo-as a um mesmo regime, não importa se remédios sintéticos ou derivados de plantas tradicionais, e que aumentasse a severidade dos controles distintos para cada substância.
            Para acesso a outros conteúdos relacionados, o CEDEM/UNESP sugere a visita aos sites: www.globalcommissionondrugs.org e http://coletivodar.org.

Expositor
 Henrique Carneiro
Graduado em História, Mestre e Doutor em História Social – USP
Professor de História - USP
Debatedores
 Maurides Ribeiro
Graduado em Direito, Mestre e Doutorando em Direito Penal e Criminologia - USP
Professor de Direito Penal e Criminologia – FACAMP/Faculdades de Campinas
Sean Purdy
Graduado em História - Carleton University/Canadá, Mestre e Doutor em História - Queen's University/Canadá
Pós-Doutor em História - The University of Chicago/Estados Unidos, Professor de História - USP
 Mediador
Antonio Celso Ferreira
Graduado em História - Universidade de Brasília, Mestre em História Econômica – USP
Doutor em História Social– USP, Professor Titular na UNESP/Assis e Coordena o CEDEM/UNESP

PARTICIPE E CONVIDE OS SEUS AMIGOS!

Inscrições gratuitas c/ Sandra Santos pelo e-mail: ssantos@cedem.unesp.br
Data e horário:  25/10/2011, terça-feira às 18h30
Local: CEDEM/UNESP - Praça da Sé, 108 - 1º andar, esquina com a Rua Benjamin Constant (metrô Sé)
(11) 3105 - 9903 - www.cedem.unesp.br

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Integra do discurso de Dilma na Assembleia da ONU




A presidente Dilma Rousseff foi nesta quarta-feira a primeira mulher a abrir a Assembleia Geral da ONU, em Nova York.

"Senhor presidente da Assembleia Geral, Nassir Abdulaziz Al-Nasser,

Senhor secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon,

Senhoras e senhores chefes de Estado e de Governo,

Senhoras e senhores,

Pela primeira vez, na história das Nações Unidas, uma voz feminina inaugura o Debate Geral. É a voz da democracia e da igualdade se ampliando nesta tribuna que tem o compromisso de ser a mais representativa do mundo.

É com humildade pessoal, mas com justificado orgulho de mulher, que vivo este momento histórico.

Divido esta emoção com mais da metade dos seres humanos deste Planeta, que, como eu, nasceram mulher, e que, com tenacidade, estão ocupando o lugar que merecem no mundo. Tenho certeza, senhoras e senhores, de que este será o século das mulheres.

Na língua portuguesa, palavras como vida, alma e esperança pertencem ao gênero feminino. E são também femininas duas outras palavras muito especiais para mim: coragem e sinceridade. Pois é com coragem e sinceridade que quero lhes falar no dia de hoje.

Senhor Presidente,

O mundo vive um momento extremamente delicado e, ao mesmo tempo, uma grande oportunidade histórica. Enfrentamos uma crise econômica que, se não debelada, pode se transformar em uma grave ruptura política e social. Uma ruptura sem precedentes, capaz de provocar sérios desequilíbrios na convivência entre as pessoas e as nações.

Mais que nunca, o destino do mundo está nas mãos de todos os seus governantes, sem exceção. Ou nos unimos todos e saímos, juntos, vencedores ou sairemos todos derrotados.

Agora, menos importante é saber quais foram os causadores da situação que enfrentamos, até porque isto já está suficientemente claro. Importa, sim, encontrarmos soluções coletivas, rápidas e verdadeiras.

Essa crise é séria demais para que seja administrada apenas por uns poucos países. Seus governos e bancos centrais continuam com a responsabilidade maior na condução do processo, mas como todos os países sofrem as conseqüências da crise, todos têm o direito de participar das soluções.

Não é por falta de recursos financeiros que os líderes dos países desenvolvidos ainda não encontraram uma solução para a crise. É, permitam-me dizer, por falta de recursos políticos e algumas vezes, de clareza de ideias.

Uma parte do mundo não encontrou ainda o equilíbrio entre ajustes fiscais apropriados e estímulos fiscais corretos e precisos para a demanda e o crescimento. Ficam presos na armadilha que não separa interesses partidários daqueles interesses legítimos da sociedade.

O desafio colocado pela crise é substituir teorias defasadas, de um mundo velho, por novas formulações para um mundo novo. Enquanto muitos governos se encolhem, a face mais amarga da crise - a do desemprego - se amplia. Já temos 205 milhões de desempregados no mundo. 44 milhões na Europa. 14 milhões nos Estados Unidos. É vital combater essa praga e impedir que se alastre para outras regiões do Planeta.

Nós, mulheres, sabemos, mais que ninguém, que o desemprego não é apenas uma estatística. Golpeia as famílias, nossos filhos e nossos maridos. Tira a esperança e deixa a violência e a dor.

Senhor Presidente,

É significativo que seja a presidenta de um país emergente, um país que vive praticamente um ambiente de pleno emprego, que venha falar, aqui, hoje, com cores tão vívidas, dessa tragédia que assola, em especial, os países desenvolvidos.

Como outros países emergentes, o Brasil tem sido, até agora, menos afetado pela crise mundial. Mas sabemos que nossa capacidade de resistência não é ilimitada. Queremos - e podemos - ajudar, enquanto há tempo, os países onde a crise já é aguda.

Um novo tipo de cooperação, entre países emergentes e países desenvolvidos, é a oportunidade histórica para redefinir, de forma solidária e responsável, os compromissos que regem as relações internacionais.

O mundo se defronta com uma crise que é ao mesmo tempo econômica, de governança e de coordenação política.

Não haverá a retomada da confiança e do crescimento enquanto não se intensificarem os esforços de coordenação entre os países integrantes da ONU e as demais instituições multilaterais, como o G-20, o Fundo Monetário, o Banco Mundial e outros organismos. A ONU e essas organizações precisam emitir, com a máxima urgência, sinais claros de coesão política e de coordenação macroeconômica.

As políticas fiscais e monetárias, por exemplo, devem ser objeto de avaliação mútua, de forma a impedir efeitos indesejáveis sobre os outros países, evitando reações defensivas que, por sua vez, levam a um círculo vicioso.

Já a solução do problema da dívida deve ser combinada com o crescimento econômico. Há sinais evidentes de que várias economias avançadas se encontram no limiar da recessão, o que dificultará, sobremaneira, a resolução dos problemas fiscais.

Está claro que a prioridade da economia mundial, neste momento, deve ser solucionar o problema dos países em crise de dívida soberana e reverter o presente quadro recessivo. Os países mais desenvolvidos precisam praticar políticas coordenadas de estímulo às economias extremamente debilitadas pela crise. Os países emergentes podem ajudar.

Países altamente superavitários devem estimular seus mercados internos e, quando for o caso, flexibilizar suas políticas cambiais, de maneira a cooperar para o reequilíbrio da demanda global.

Urge aprofundar a regulamentação do sistema financeiro e controlar essa fonte inesgotável de instabilidade. É preciso impor controles à guerra cambial, com a adoção de regimes de câmbio flutuante. Trata-se, senhoras e senhores, de impedir a manipulação do câmbio tanto por políticas monetárias excessivamente expansionistas como pelo artifício do câmbio fixo.
A reforma das instituições financeiras multilaterais deve, sem sombra de dúvida, prosseguir, aumentando a participação dos países emergentes, principais responsáveis pelo crescimento da economia mundial.

O protecionismo e todas as formas de manipulação comercial devem ser combatidos, pois conferem maior competitividade de maneira espúria e fraudulenta.

Senhor Presidente,

O Brasil está fazendo a sua parte. Com sacrifício, mas com discernimento, mantemos os gastos do governo sob rigoroso controle, a ponto de gerar vultoso superávit nas contas públicas, sem que isso comprometa o êxito das políticas sociais, nem nosso ritmo de investimento e de crescimento.

Estamos tomando precauções adicionais para reforçar nossa capacidade de resistência à crise, fortalecendo nosso mercado interno com políticas de distribuição de renda e inovação tecnológica.

Há pelo menos três anos, senhor Presidente, o Brasil repete, nesta mesma tribuna, que é preciso combater as causas, e não só as consequências da instabilidade global.

Temos insistido na interrelação entre desenvolvimento, paz e segurança; e que as políticas de desenvolvimento sejam, cada vez mais, associadas às estratégias do Conselho de Segurança na busca por uma paz sustentável.

É assim que agimos em nosso compromisso com o Haiti e com a Guiné-Bissau. Na liderança da Minustah, temos promovido, desde 2004, no Haiti, projetos humanitários, que integram segurança e desenvolvimento. Com profundo respeito à soberania haitiana, o Brasil tem o orgulho de cooperar para a consolidação da democracia naquele país.

Estamos aptos a prestar também uma contribuição solidária, aos países irmãos do mundo em desenvolvimento, em matéria de segurança alimentar, tecnologia agrícola, geração de energia limpa e renovável e no combate à pobreza e à fome.

Senhor Presidente,

Desde o final de 2010, assistimos a uma sucessão de manifestações populares que se convencionou denominar "Primavera Árabe". O Brasil é pátria de adoção de muitos imigrantes daquela parte do mundo. Os brasileiros se solidarizam com a busca de um ideal que não pertence a nenhuma cultura, porque é universal: a liberdade.

É preciso que as nações aqui reunidas encontrem uma forma legítima e eficaz de ajudar as sociedades que clamam por reforma, sem retirar de seus cidadãos a condução do processo.

Repudiamos com veemência as repressões brutais que vitimam populações civis. Estamos convencidos de que, para a comunidade internacional, o recurso à força deve ser sempre a última alternativa. A busca da paz e da segurança no mundo não pode limitar-se a intervenções em situações extremas.

Apoiamos o Secretário-Geral no seu esforço de engajar as Nações Unidas na prevenção de conflitos, por meio do exercício incansável da democracia e da promoção do desenvolvimento.

O mundo sofre, hoje, as dolorosas consequências de intervenções que agravaram os conflitos, possibilitando a infiltração do terrorismo onde ele não existia, inaugurando novos ciclos de violência, multiplicando os números de vítimas civis.

Muito se fala sobre a responsabilidade de proteger; pouco se fala sobre a responsabilidade ao proteger. São conceitos que precisamos amadurecer juntos. Para isso, a atuação do Conselho de Segurança é essencial, e ela será tão mais acertada quanto mais legítimas forem suas decisões. E a legitimidade do próprio Conselho depende, cada dia mais, de sua reforma.

Senhor Presidente,

A cada ano que passa, mais urgente se faz uma solução para a falta de representatividade do Conselho de Segurança, o que corrói sua eficácia. O ex-presidente Joseph Deiss recordou-me um fato impressionante: o debate em torno da reforma do Conselho já entra em seu 18º ano. Não é possível, senhor Presidente, protelar mais.

O mundo precisa de um Conselho de Segurança que venha a refletir a realidade contemporânea; um Conselho que incorpore novos membros permanentes e não-permanentes, em especial representantes dos países em desenvolvimento.

O Brasil está pronto a assumir suas responsabilidades como membro permanente do Conselho. Vivemos em paz com nossos vizinhos há mais de 140 anos. Temos promovido com eles bem-sucedidos processos de integração e de cooperação. Abdicamos, por compromisso constitucional, do uso da energia nuclear para fins que não sejam pacíficos. Tenho orgulho de dizer que o Brasil é um vetor de paz, estabilidade e prosperidade em sua região, e até mesmo fora dela.

No Conselho de Direitos Humanos, atuamos inspirados por nossa própria história de superação. Queremos para os outros países o que queremos para nós mesmos.

O autoritarismo, a xenofobia, a miséria, a pena capital, a discriminação, todos são algozes dos direitos humanos. Há violações em todos os países, sem exceção. Reconheçamos esta realidade e aceitemos, todos, as críticas. Devemos nos beneficiar delas e criticar, sem meias-palavras, os casos flagrantes de violação, onde quer que ocorram.

Senhor Presidente,

Quero estender ao Sudão do Sul as boas vindas à nossa família de nações. O Brasil está pronto a cooperar com o mais jovem membro das Nações Unidas e contribuir para seu desenvolvimento soberano. Mas lamento ainda não poder saudar, desta tribuna, o ingresso pleno da Palestina na Organização das Nações Unidas. O Brasil já reconhece o Estado palestino como tal, nas fronteiras de 1967, de forma consistente com as resoluções das Nações Unidas. Assim como a maioria dos países nesta Assembléia, acreditamos que é chegado o momento de termos a Palestina aqui representada a pleno título.

O reconhecimento ao direito legítimo do povo palestino à soberania e à autodeterminação amplia as possibilidades de uma paz duradoura no Oriente Médio. Apenas uma Palestina livre e soberana poderá atender aos legítimos anseios de Israel por paz com seus vizinhos, segurança em suas fronteiras e estabilidade política em seu entorno regional.

Venho de um país onde descendentes de árabes e judeus são compatriotas e convivem em harmonia - como deve ser.

Senhor Presidente,

O Brasil defende um acordo global, abrangente e ambicioso para combater a mudança do clima no marco das Nações Unidas. Para tanto, é preciso que os países assumam as responsabilidades que lhes cabem.

Apresentamos uma proposta concreta, voluntária e significativa de redução [de emissões], durante a Cúpula de Copenhague, em 2009. Esperamos poder avançar já na reunião de Durban, apoiando os países em desenvolvimento nos seus esforços de redução de emissões e garantindo que os países desenvolvidos cumprirão suas obrigações, com novas metas no Protocolo de Quioto, para além de 2012.

Teremos a honra de sediar a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, em junho do ano que vem. Juntamente com o Secretário-Geral Ban Ki-moon, reitero aqui o convite para que todos os Chefes de Estado e de Governo compareçam.

Senhor Presidente e minhas companheiras mulheres de todo mundo,

O Brasil descobriu que a melhor política de desenvolvimento é o combate à pobreza. E que uma verdadeira política de direitos humanos tem por base a diminuição da desigualdade e da discriminação entre as pessoas, entre as regiões e entre os gêneros.

O Brasil avançou política, econômica e socialmente sem comprometer sequer uma das liberdades democráticas. Cumprimos quase todos os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, antes 2015. Saíram da pobreza e ascenderam para a classe média no meu país quase 40 milhões de brasileiras e brasileiros. Tenho plena convicção de que cumpriremos nossa meta de, até o final do meu governo, erradicar a pobreza extrema no Brasil.

No meu país, a mulher tem sido fundamental na superação das desigualdades sociais. Nossos programas de distribuição de renda têm nas mães a figura central. São elas que cuidam dos recursos que permitem às famílias investir na saúde e na educação de seus filhos.

Mas o meu país, como todos os países do mundo, ainda precisa fazer muito mais pela valorização e afirmação da mulher. Ao falar disso, cumprimento o secretário-geral Ban Ki-moon pela prioridade que tem conferido às mulheres em sua gestão à frente das Nações Unidas.

Saúdo, em especial, a criação da ONU Mulher e sua diretora-executiva, Michelle Bachelet.

Senhor Presidente,

Além do meu querido Brasil, sinto-me, aqui, representando todas as mulheres do mundo. As mulheres anônimas, aquelas que passam fome e não podem dar de comer aos seus filhos; aquelas que padecem de doenças e não podem se tratar; aquelas que sofrem violência e são discriminadas no emprego, na sociedade e na vida familiar; aquelas cujo trabalho no lar cria as gerações futuras.

Junto minha voz às vozes das mulheres que ousaram lutar, que ousaram participar da vida política e da vida profissional, e conquistaram o espaço de poder que me permite estar aqui hoje.

Como mulher que sofreu tortura no cárcere, sei como são importantes os valores da democracia, da justiça, dos direitos humanos e da liberdade.

E é com a esperança de que estes valores continuem inspirando o trabalho desta Casa das Nações que tenho a honra de iniciar o Debate Geral da 66ª Assembleia Geral da ONU.

Muito obrigada".

Programação especial homenageia o Dia do Idoso no Centro Cultural Banco do Nordeste-Fortaleza


FORTALEZA, 23.09.2011 – O Centro Cultural Banco do Nordeste-Fortaleza (rua Floriano Peixoto, 941 – Centro – fone: (85) 3464.3108) realizará uma programação especial em torno do Dia do Idoso, 1º de outubro próximo (sábado).

A programação especial abrangerá exibição de curtas-metragens, apresentação de coral, veiculação de documentário seguido de debate e encenação de peça teatral. Conheça a seguir essa programação:

 

ESPECIAL – Homenagem ao Dia do Idoso

 

Cinema – Curtas

 

Bailão

Dia 01, sáb, 15h30

A memória de uma geração visitada por seus personagens. O cenário é o centro de uma grande cidade; o enredo, a urgência da vida. E o Bailão, o ponto de convergência dessas histórias. Direção de Marcelo Caetano. Documentário. 2009. São Paulo/SP. 16min.

 

Rendez Vous

Dia 01, sáb, 15h46

O cotidiano de um Papai Noel solitário. Direção de Fernanda Teixeira. Ficção. 2009. Rio de Janeiro/RJ. 17min.

 

Senhoras

Dia 01, sáb, 16h03

Documentário bem humorado sobre a terceira idade feminina na cidade do Rio de Janeiro. Direção de Allan Ribeiro. Documentário. 2002. Rio de Janeiro/RJ. 17min.

 

Musical da Saudade

 

Modinhas e Canções

Dia 01, sáb, 16h30

Apresentação do Coral Vozes de Outono. Maestros: Poty Fontenele e Célia Cortez. Direção Teatral: Leuda Bandeira. 60min.

 

Documentário

 

Exilados
Dia 01, sáb, 17h30
Documentário dirigido pela jornalista Ana Paula Teixeira e patrocinado pelo Programa Cultura da Gente, do Banco do Nordeste, seguido de debate com a platéia. 20min.

Teatro

 

Anônimos
Grupo Teatro Novo (Fortaleza-CE)

Dia 01, sáb, 18h30

A peça mostra um dia de visitas em um abrigo de idosos, no qual as personagens relembram um passado povoado de tristezas, mas também de alegrias, amores e sonhos que se renovam a cada amanhecer. Pesquisa, texto, direção e atuação: Sidney Malveira. Classificação: livre. 60min.

 

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

O Autor na Praça realiza tarde de autógrafos do livro “Sampa: um laboratório para mestres, alunos e visitantes”


No dia 17 de setembro, próximo sábado, nossos convidados são os professores José Vieira Camelo Filho – Zuza e Gerson Vieira Camelo, autografando "Sampa: um laboratório para mestres, alunos e visitantes", no livro os autores, acompanhados de alunos, professores e pessoas interessadas na história de São Paulo realizam um passeio através do tempo pela cidade, o roteiro passa por marcos históricos contemporâneos de Sampa, como: Memorial da América Latina, Parque do Ibirapuera, Edifício Copan, o moderno Museu do Futebol e percorre outros pontos destacados no mapa, inserido no livro, da província São Paulo de Piratininga datado de 1800, como: Convento de São Bento, Igreja do Colégio, Igreja da Boa Morte, Igreja de São Gonçalo, Largo do Piques, Porto Geral, Largo da Sé, Jardim Público da Luz, Largo da Forca, entre outros, que mesmo desconhecidos nos dias de hoje, alguns ainda estão lá, às vezes escondidos no meio de altos prédios, viadutos e estações do metrô. "É um livro para si próprio e para presentear amigos daqui e de fora que queiram passear em suas páginas e visitar o tempo e o espaço da ex-Vila de São Paulo dos Campos de Piratininga, da Real Cidade de São Paulo, do século XIX e desembarcar na moderna cidade de São Paulo, megalópole do século XXI, cujo futuro tem que preservar a importância histórica de seu passado" (Profª. Filomena Aparecida Pereira).

As experiências de dois professores da rede estadual com aulas em campo desenvolvidas em diversos pontos da capital serviram de material para o livro "Sampa: um laboratório para mestres, alunos e visitantes". Elaborada pelos irmãos Gerson Vieira Camelo e José Vieira Camelo Filho, a obra trata da cidade de São Paulo, com uma abordagem temporal e espacial, e propõe uma viagem pelos marcos históricos da cidade, desde caminhos percorridos pelo padre José de Anchieta, no século XVI, passando pelo Theatro Municipal de São Paulo, Parque do Ibirapuera, Edifício Copan e Memorial da América Latina até a construção do contemporâneo Museu do Futebol. O intuito da publicação, de acordo com os autores, é servir como laboratório para o desenvolvimento de aulas extraclasse destinadas a alunos de todos os níveis escolares, assim como apontar as virtudes e contradições existentes no interior da maior cidade dos trópicos. "É importante tirar os alunos da sala de aula e mostrar como a transformação se deu no seu entorno, na cidade", explica José Vieira Camelo Filho, mais conhecido como Zuza, professor de geografia na Escola Estadual Profº Emygdio de Barros. A publicação traz um mapa da São Paulo de Piratininga do ano de 1.800 e relaciona 16 pontos geográficos e históricos que simbolizam a cidade e foram visitados pelos docentes e seus alunos nas atividades extraclasse. "Sempre demos aula em campo. Assim, resolvemos reunir todo o material desenvolvido neste livro, que foi pensado não só para professores e estudantes, mas também para todas as pessoas interessadas em conhecer a história de São Paulo", salienta Zuza, que atua na rede há 30 anos. "As pessoas pouco conhecem a cidade. As mudanças acontecem muito rapidamente e não são percebidas. Nossa intenção é que elas passem a observar melhor as transformações que ocorrem na cidade e no próprio bairro", complementa Gerson Vieira Camelo, que atua na rede estadual há 11 anos e hoje ministra aulas de inglês na Escola Estadual Almeida Júnior. (texto da Secretaria da Educação). Mais informações abaixo.

O Autor na Praça realiza tarde de autógrafos do livro "Sampa: um laboratório para mestres, alunos e visitantes".

Dia 17 de setembro, sábado, a partir das 14h – Grátis (evento em espaço aberto).
Espaço Plínio Marcos (Tenda na Feira de Artes da Praça Benedito Calixto) - Pinheiros.
Informações: Edson Lima – 3739 0208 / 9586 5577 - edsonlima@oautornapraca.com.br.
Realização: Edson Lima & AAPBC.
Apoio: Casa Puebla, AEUSP – Associação dos Educadores da USP, Artver, Max Design, Cantinho Português, TV da PRAÇA, Enlace-media.com e Restaurante Consulado Mineiro.

Sobre o livro – "SAMPA, um laboratório para alunos, mestres e visitantes" (148 páginas, Edições Lua Nova, R$ 30,00) - É um livro que trata da cidade de São Paulo, com uma abordagem temporal e espacial. Nele, pode-se viajar pelas paliçadas do padre José de Anchieta, no século XVI, passar pelo Teatro Municipal de Ramos, de Azevedo e dos Irmãos Rossi, o Parque do Ibirapuera, o Copan e o Memorial da América Latina, de Oscar Niemeyer, no século XX, e chegar ao moderno Museu do Futebol, construído no século XXI. Este livro apresenta as áreas  que servem como laboratório para o desenvolvimento de aulas de campo destinadas a alunos de todos os níveis escolares e, concomitantemente, aponta as virtudes e as contradições existentes no  interior desta  capital, a maior  cidade dos  trópicos. SAMPA destaca a geografia dos espaços culturais, gastronômicos, esportivos e comerciais dos paulistanos e dos seus convidados que vêm de vários pontos geográficos do Brasil e do mundo. Entre esses lugares, encontram-se também os territórios das universidades e das esferas dos poderes municipais e estaduais situados na capital. O livro de Gerson e Zuza procura trazer e reforçar informações sobre São Paulo e, com isso, ressaltar a sua importância junto aos seus habitantes e visitantes e, consequentemente, fazer com que eles sintam-se em casa. Esta cidade é o local do grande encontro entre os brasileiros de todas as regiões do Brasil: de norte a sul e de leste a oeste, assim como daqueles que vêm de outras paragens do globo terrestre. SAMPA: um laboratório para mestres, alunos e visitantes é um livro para si próprio e para presentear amigos daqui e de fora que queiram passear em suas páginas e visitar o tempo e o espaço da ex-Vila de São Paulo dos Campos de Piratininga, da Real Cidade de São Paulo, do século XIX e desembarcar na moderna cidade de São Paulo, megalópole do século XXI, cujo futuro tem que preservar a importância histórica de seu passado. (Filomena Aparecida Pereira - Coordenadora Pedagógica).

Sobre Gerson Vieira Camelo – Pesquisador do teatro negro revolucionário no contexto norte-americano. Professor da rede pública de ensino (E. E. Almeida Júnior). Doutor em Estudos Linguísticos e Literários em Inglês pela Universidade de São Paulo (2010), Mestre em estudos Linguísticos e Literários em Inglês pela Universidade de São Paulo (2004) e graduado em Letras pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1990). Autor da tese Four Black Revolutionary Plays: Amiri Baraka e a Construção de uma Dramaturgia Revolucionária Negra (2010) e da dissertação A representação da cultura negra como elemento de crítica e de militância na peça Dutchman, de Amiri Baraka (2004).

Sobre Zuza Veira Camelo — José Vieira Camelo Filho, mais conhecido como Zuza, nasceu em 14 de junho de 1952, no Ingongo, Fazenda Gameleira, Distrito do Espírito Santo, município de São João do Piauí-PI. É pesquisador do Rio São Francisco, professor da E. E. Prof. Emygdio de Barros, Pós-Doutor em Políticas Públicas, Doutor em Economia, Especialização em Economia do Trabalho e Sindicalismo pela Unicamp. Mestre em História, Bacharel em Ciências Sociais, Geografia e Licenciatura em Geografia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo-PUC/SP. No Pós-Doutorado, elaborou uma pesquisa a respeito do Rio São Francisco e de seu Vale. Seu Doutorado teve como objeto de estudo as estradas de ferro do Nordeste e, para a realização do Mestrado, desenvolveu uma pesquisa acerca do cangaço. É autor do livro "Espírito Santo: um pontinho do Brasil que não pode ser apagado" (Edições Pulsar, 2001) e de "Lampião, o Sertão e Sua Gente" (1ª edição, Editora da UFMS e segunda edição pelo selo editorial "OAUTONAPRAÇA", 2008).

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sábado, 10 de setembro de 2011

IV Seminário Nacional de Formação de Professores: Pesquisa Autobiográfica, Histórias de Vida e Perspectivas da Docência no Meio Rura


Olá, vimos por meio deste convidar todos os interessados para participar do IV Seminário Nacional de Formação de Professores: Pesquisa Autobiográfica, Histórias de Vida e Perspectivas da Docência no Meio Rural, a realizar-se de 25 a 29 de Outubro de 2011, na UFSM, em Santa Maria/RS.

Para maiores informações, acessar o site: www.ufsm.br/gepfica e o e-mail:seminarionacionalrural@hotmail.com

O período de envio de trabalhos estará aberto até 01/10/2011.

Contamos com a participação de todos!

Vagas Limitadas: 160

Atenciosamente,
Profa Dra Helenise Sangoi Antunes – PPGE/UFSM
Graziela Franceschet Farias – Acadêmica Doutorado  em Educação – PPGE/UFSM
Membros da Comissão Organizadora GEPFICA/UFSM

GEPFICA - Grupo de Estudo e Pesquisa sobre Formação inicial, Continuada e Alfabetização Universidade Federal de Santa Maria
Centro de Educação
Prédio 16
Sala 3332A 
https://www.amazon.com.br/b/ref=as_li_ss_tl?ie=UTF8&node=17168019011&linkCode=ll2&tag=A19CP32JCSRLOQ&linkId=01fc9732c02565116e2c98be2526c454