terça-feira, 5 de janeiro de 2016

ESPETÁCULO INÉDITO O CANAL, DO DRAMATURGO AMERICANO GARY RICHARDS, REESTREIA NO TEATRO & BAR CEMITÉRIO DE AUTOMÓVEIS






Peça fala sobre quatro sujeitos envolvidos em um desmanche de carros. Com direção de Mário Bortolotto, montagem é o mais novo trabalho da Cia Cemitério de Automóveis, após o sucesso de Killer Joe

Texto inédito do dramaturgo americano Gary Richards, espetáculo O CANAL estreia dia 15 de janeiro, sexta-feira, às 21h, noTEATRO & BAR CEMITÉRIO DE AUTOMÓVEIS. Peça fala sobre quatro sujeitos envolvidos em um desmanche de carros. Com direção de Mário Bortolotto, que também está no elenco ao lado dos atores Carcarah, Jiddu Pinheiro e Dudu de Oliveira, montagem é o mais novo trabalho da Cia após o sucesso de Killer Joe.

Na peça, quatro sujeitos estão envolvidos num esquema de desmanche de carros embaixo de uma ponte no Brooklin, em Nova York. “É sobre um loser, o que também aproxima a dramaturgia dele da minha. Um texto veloz, com um ritmo de diálogos muito bom. Ele trabalha com repetição, o que ajuda ainda mais em tornar a fala coloquial. Frases curtas e que permitem um ritmo intenso na interpretação. É quase um thriller policial”, afirma Mário Bortolotto.

Em O CANALescrito em 1993, Vinny (Carcarah) é um cara que trabalha numa oficina mecânica que é uma fachada para um desmanche de carros. Quem está por trás de tudo é um policial corrupto, Jerry (Mário Bortolotto), que dá as dicas dos carros. Vinny está querendo voltar a levar uma vida honesta e faz um acordo com a polícia para grampear e entregar o policial. A história então toma um rumo inesperado.

Os dois ainda contam com o ladrão de carros viciado em drogas Willie (Dudu de Oliveira). Fora isso, Vinny ainda está sendo ameaçado de despejo pelo proprietário do imóvel, Chick, (Jiddu Pinheiro), um playboy produtor de filmes pornôs. “Achei o texto vasculhando algo que tivesse a temática do grupo. Quando vi que eram quatro caras durões numa garagem de desmanche já me interessei de cara”, afirma o ator e produtor Carcarah.
 
“É o tipo de encenação com que gosto de trabalhar, calcado em texto e atores. Assim como em Killer Joe, há também um cuidado maior com o cenário e ambientação, já que fazemos o possível para corresponder às indicações do texto”, finaliza o diretor, que também assina a sonoplastia. O cenário, de Mariko e Seijj Ogawa, procura reproduzir fielmente o ambiente da oficina mecânica. A iluminação é de Marcos Loureiro. Os figurinos são de Letícia Madeira.

Gary Richards: É dramaturgo, diretor, ator e produtor americano. Suas peças incluem The Root (ganhador de cinco prêmios Drama-Logue e quatro indicações ao prêmio Carbonell), Children at PlaySlambook, Social Studies, Dividends, Stag, Shiva, Tropical Depression, Second Summer, Two Piece, Scrambled Eggs, Somebody's Somebody e A Chip in Time. Ele também escreveu inúmeras peças de um ato e roteiros. Como gestor do Actors Studio Free Theatre, ele e Arthur Penn, produziram muitas estreias mundiais e em Nova York. Como ator, Richards participou de peças na Off-Broadway em muitas produções, incluindo a estreia de Catch-22, em Nova York e a estreia mundial de Lies My Father Told Me. 

Mário Bortolotto: Ator, diretor, autor, sonoplasta, iluminador, vocalista e compositor de rock, escreve para teatro desde 1981. Nascido em Londrina (PR), tem doze livros publicados: Bagana na chuva (romance), Mamãe não voltou do Supermercado (romance), Para os Inocentes que ficaram em casa (poesia), Um bom lugar pra morrer (poesia), Gutemberg Blues (compilação de matérias escritas para os Jornais), Atire no Dramaturgo (textos de seu blog), DJ – Canções pra tocar no inferno (contos) e quatro volumes com seus textos de teatro. Ganhou o Prêmio Shell de teatro de Melhor Autor de 2000 pelo texto Nossa Vida não vale um Chevrolet, e Prêmio APCA de 2000 pelo Conjunto da Obra. É diretor do Grupo de Teatro Cemitério de Automóveis e vocalista das bandas de rock e blues Saco de Ratos e Tempo Instável. Escreveu, entre outras peças: Música para ninar dinossauros, À Meia-Noite um solo de sax na minha cabeça, Nossa Vida não vale um Chevrolet, Hotel Lancaster, BrutalHomens, Santos e Desertores e Leila Baby.

Cemitério de Automóveis: Fundado em 1982, por Mário Bortolotto e Lázaro Câmara na cidade de Londrina (PR), com o nome de Grupo de Teatro Chiclete com Banana, passou a se chamar Cemitério de Automóveis a partir de 1987.  O Grupo já montou mais de quarenta espetáculos cumprindo várias temporadas em Londrina, Rio de Janeiro, Curitiba e São Paulo, onde está trabalhando desde 1996. Participou dos mais importantes festivais de teatro do país, colecionando uma galeria respeitável de prêmios. Com o espetáculo Medusa de Rayban, o grupo ganhou o Prêmio Mambembe de Melhor Ator Coadjuvante de 1997 (Everton Bortotti) e foi indicado para o Prêmio Shell de Melhor Autor de 1997 (Mário Bortolotto). Por Diário das Crianças do Velho Quarteirão, Mário Bortolotto recebeu a indicação para o Prêmio Shell de Melhor Autor de 1998. Em 2000, realiza a 1.ª Mostra de Teatro Cemitério de Automóveis, com 14 produções no Centro Cultural São Paulo. A mostra rende a Mário Bortolotto o Prêmio APCA Pelo Conjunto da Obra e o Prêmio Shell de Melhor Autor por Nossa Vida não Vale um Chevrolet.


TEATRO & BAR CEMITÉRIO DE AUTOMÓVEIS – Rua Frei Caneca, 384 – Consolação. Telefone: 2371-5743. Capacidade 35 lugares. Bilheteria funciona de sexta a domingo, uma hora antes do início do espetáculo. Acesso para deficientes. Ar condicionado. BAR. Aceita cartão. Informações sobre o espaço e atividades: site  www.cemiteriodeautomoveis.com.br

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Exposição fotográfica retrata os 45 anos da UFSCar

 

Mostra gratuita reúne imagens que retratam aspectos da evolução institucional do Campus São Carlos da Universidade e fotografias contemporâneas

O Saguão da Reitoria da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) recebe a exposição fotográfica “A UFSCar que queremos é a UFSCar que construímos”. A mostra, dividida em duas partes que se complementam, integra o projeto que promoveu a digitalização, o tratamento e a organização das fotografias do acervo da Coordenadoria de Comunicação Social (CCS) da UFSCar, contemplado pelo edital de apoio à realização de atividades sobre a memória da Universidade, em comemoração aos 45 anos da Instituição, celebrados em 2015.
No primeiro segmento da exposição os visitantes podem apreciar imagens que retratam em uma linha cronológica visual aspectos da evolução institucional do Campus São Carlos da UFSCar e também de suas conquistas. Já no segundo, há fotografias contemporâneas que enfatizam perspectivas conceituais e técnicas fotográficas profissionais, que levam os visitantes a projetar um futuro por meio da visualização dessas imagens.
Segundo Matheus Mazini, programador visual da CCS, curador da exposição e responsável pelas fotografias da segunda parte da mostra, as imagens deste segundo segmento primam por uma representação fora dos padrões documentais, no qual a composição dos elementos é o principal foco. “A segunda parte da exposição vem com a proposta de ser contemplada sem relações indicativas pois, desta forma, podemos nos desprender de convenções estabelecidas e praticarmos a leitura da imagem de forma livre, sem comprometimentos ou relações com os espaços retratados”, explica Matheus.
Além deste jogo temporal, ilustres figuras que fizeram parte da transformação e que ajudaram a posicionar a UFSCar como uma das principais instituições federais do país também poderão ser vistas. A exposição “A UFSCar que queremos é a UFSCar que construímos”, que tem o apoio da Pró-Reitoria de Extensão (ProEx), pode ser visitada gratuitamente no Saguão da Reitoria, que está localizada na área Sul do Campus São Carlos da UFSCar, de segunda a sexta-feira das 8 às 18h30. Mais informações pelo telefone (16) 3351-9590

terça-feira, 3 de novembro de 2015

Ciclo de debates: O Urbanismo das Ruas em Rede


Cidade Universitária USP – FAU- auditório   (Rua do lago, 876) - inscrições no local
Dias 03/11 e 23/11 – 17h00 às 21h30

O evento parte do diagnóstico segundo o qual forças sociais vindas das ruas têm desempenhado papel importante na agenda urbana nos últimos anos. Por meio de um diálogo, da sistematização de experiências e da ampliação dos repertórios de ação, o ciclo de debates visa compreender as possibilidades e desafios de cada uma destas forças a partir, sobretudo, de suas próprias vozes e agenciamentos.  


Mesa 1 – terça-feira 03/11    17h00 – 19h00:   Outras narrativas e o uso crítico das tecnologias informacionais
Laura Capriglione  -  Jornalistas Livres
Natacha Rena – Grupo de Pesquisa Indisciplinar (UFMG)
Mediação: Rodrigo N. Lima - LAU USP S. Carlos

19h - 19h30 - café

Mesa 2  - terça-feira 03/11  19h30 – 21h30 :   Pelo Direito `a Cidade: ocupar e participar
Luciana Tatagiba - IFCH Unicamp
Guilherme Boulos - MTST
Mediação: Raquel Rolnik - FAU USP



Mesa 3  -  segunda-feira 23/11 –  17h00-19h00:      Vida urbana e urbanismos bottom up
Luiz Recaman - FAU USP
Paolo Colosso - FFLCH USP
Mediação: Leandro Medrano - FAU USP


Mesa 4 –  segunda-feira 23/11 19h30 – 21h30: Diversidades, ampliação do espaço público e o papel da juventude
Beatriz Lourenço - Movimento Negro
Nathalia O. Araújo – Levante Popular da Juventude
Mediação: Jéssica Omena - FFLCH USP

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

História Oral e processos de escolarização


ST História Oral e processos de escolarização - Coordenado pelo Prof. Dr. José Edimar de Souza (UFFS) e Profa. Dra. Caroline Cortelini (UNIOESTE):

O Simpósio Temático objetiva discutir pesquisas sobre os diferentes processos de escolarização constituídas em espaços formais e/ou não formais e sua relação com abordagem teórico-metodológica da História Oral. Pretende refletir quanto ao uso de fontes orais em estudos dos processos de escolarização que representam as práticas sociais estabelecidas pelos sujeitos em um determinado espaço e tempo. Nesse sentido, o ST acolhe comunicações que articulam as interfaces entre História Oral e os processos de escolarização e seus desdobramentos: as relações entre História Oral e memória; as culturas e práticas de escolarização e as fontes orais; o cotidiano escolar na perspectiva de sujeitos e instituições; trajetórias, experiências, estratégias e formas de ser, fazer e vivenciar a escolarização/docência.

Submissões de trabalhos XIII Encontro Nacional de História Oral, UFRGS, Porto Alegre - período de  inscrições: 29 de outubro a 26 de novembro de 2015.


Bibliografia:
AMADO, Janaina; FERREIRA, Marieta de M. Usos & abusos da história oral. 5ª. ed. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2002.
CATANI, Denice Barbaran; FARIA FILHO, Luciano Mendes de. Um lugar de produção e a produção de um lugar: a história e a historiografia divulgados no GT História da Educação da ANPEd (1985-2000). Revista Brasileira de Educação, n. 19, p. 113-128, 2002.
ERRANTE, Antoniette. Mas afinal, a memória é de quem? Histórias orais e modos de lembrar e contar. História da educação, ASPHE/Fa/UFPel, Pelotas: ASPHE, v. 4, n. 8, p. 141-174,set. 2000. Disponível em
. Acesso em: 12 fev. 2014.
FONSECA, Thais N. L.; VEIGA, Cynthia G. História e historiografia da educação no Brasil. Belo Horizonte: Autêntica, 2008.
GRAZZIOTIN, Luciane Sgarbi Santos; ALMEIDA, Dóris Bittencourt. Romagem do tempo e recantos da memória. Reflexões metodológicas sobre História Oral. São Leopoldo: Oikos, 2012.
HALBWACHS, Maurice. A memória coletiva. São Paulo: Ed. Centauro, 2006.
POLLAK, Michael. Memória, esquecimento, silêncio. Estudos Históricos, Rio de Janeiro, vol. 2, n. 3, 1989.
PRINS, Gwyn. História Oral. In: BURKE, Peter (Org.). A escrita da história: novas perspectivas. Trad. Magda Lopes. São Paulo: Ed. da Universidade Estadual Paulista, 1992. 
THOMSON, Alistair. Recompondo a memória: Questões sobre a relação entre a História Oral e as memórias. Projeto História, São Paulo, n. 15, abril, 1997, pp. 51-84.
STEPHANOU, Maria; BASTOS, Maria Helena Câmara. História, memória e história da educação. In: STEPHANOU, Maria; BASTOS, Maria Helena Camara. História e memórias da educação no Brasil. Petrópolis, RJ: Vozes, 2005. v. 3: século XX, p. 416-430.

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

CÁSPER LÍBERO ABRE AS PORTAS PARA SEMANA ACADÊMICA

Dois eventos de pesquisa científica serão promovidos no começo de novembro, dentre eles o maior encontro de mestrandos de comunicação do país


No mês de novembro, a Faculdade Cásper Líbero realizará dois eventos acadêmicos de grande porte logo na primeira semana do mês. De 3 a 5 de novembro acontecerá o 12º Fórum de Pesquisa Cásper Líbero, evento que trará os trabalhos realizados pelo Centro Interdisciplinar de Pesquisa – CIP da Faculdade. Logo após, nos dias 6 e 7 de novembro, será sediado o maior evento de mestrandos de comunicação do país, o 11º Interprogramas de Mestrado Cásper Líbero.
Com o objetivo de consolidar o laço da Faculdade com a pesquisa cientifica, o Fórum de Pesquisa da Cásper Líbero é um espaço de compartilhamento de conhecimentos e diálogos. O evento terá 35 apresentações durante os três dias, em alusão ao 35º aniversário do Relatório Um Mundo e Muitas Vozes, conhecido como MacBride, de Sean MacBride, vencedor do Nobel da Paz em 1974. O Relatório, que defendeu a polifonia da comunicação como caminho para a democratização do mundo, é o tema do encontro.
Já para o 11º Interprogramas de Mestrado, evento que conta com o maior número de mestrandos no Brasil no campo da comunicação, será promovido um diálogo entre os participantes a respeito das pesquisas que desenvolveram ou desenvolvem durante o mestrado. Serão diversas apresentações durante os dois dias, com oito mesas para cada dia, abordando variados temas de estudos e pesquisas.
Os encontros são de organização do Centro Interdisciplinar de Pesquisa da Faculdade Cásper Líbero, que neste ano de 2015 completa 15 anos de existência.
Inscrições e informações no site www.casperlibero.edu.br.

12º Fórum de Pesquisa Cásper Líbero – 3 a 5 de novembro          
Horários: 
9h às 11h / 19h30 às 22h30
11º Interprogramas de Mestrado Cásper Líbero – 6 e 7 de novembro   
Horários: 
6/11 das 13h30 às 18h e 7/11 das 9h às 13h
Local: Faculdade Cásper Líbero – Av. Paulista, 900

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

"Diálogos Críticos" com a semióloga Lúcia Santaella na Casa das Rosas


Dialogar talvez seja a forma suprema de conhecimento. Por isso, a Casa das Rosas – Espaço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura, realiza no dia 30 de outubro, às 19h30, o ciclo de discussões “Diálogos Críticos”. Este mês, a convidada é Lúcia Santaella, uma das principais divulgadoras da semiótica e do pensamento de Charles Peirce no Brasil, com mais de quarenta livros publicados. O evento terá como mediador e “provocador” Edson Cruz. A Casa pertence à Secretaria de Estado da Cultura e é gerenciada pela organização social Poiesis. 


O que é a literatura? Para que serve a arte? A crítica literária é importante? O que é cultura relevante? Como lidar com a indústria cultural sem ser devorado por ela? A cibercultura veio destruir a cultura como a conhecemos? O ciclo busca refletir sobre essas e tantas outras questões pertinentes ao homem contemporâneo.


Para participar é necessário retirar ingressos na Recepção da Casa das Rosas com uma hora de antecedência. Aqueles que quiserem participar online, podem enviar perguntas para o Twitter do museu: @casadasrosas











Serviço:
Diálogos Críticos – com Lúcia SantaellaSexta-feira, 30 de outubro, às 19h30Mediador e provocador: Edson CruzDistribuição de ingressos: a partir das 18h30
Casa das Rosas – Espaço Haroldo de Campos de Poesia e LiteraturaAvenida Paulista, 37 – próximo à Estação Brigadeiro do Metrô.Horário de funcionamento: de terça-feira a sábado, das 10h às 22h;Domingos e feriados, das 10h às 18h.Convênio com o estacionamento Parkimetro: Alameda Santos, 74 (exceto domingos e feriados).Tel.: (11) 3285-6986 / (11) 3288-9447.Site: www.casadasrosas.org.brTwitter: www.twitter.com/casadasrosasFacebook: www.facebook.com/casadasrosasInstagram: www.instagram.com/casadasrosas

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Viagens do fotógrafo Pierre Verger ganham exposição em São Paulo


Elaine Patricia Cruz – Repórter da Agência Brasil
Foto da Exposição Pierre Verger
Foto da Exposição Pierre VergerFundação Pierre Verger
As viagens do fotógrafo, etnólogo, antropólogo e pesquisador francês Pierre Verger (1902-1996) são o tema de uma exposição aberta no Museu Afro Brasil, no Parque Ibirapuera, em São Paulo. Com o nome As Aventuras de Pierre Verger, a mostra fica em cartaz até 30 de dezembro e pretende, sobretudo, atrair as crianças.

A curadoria e coordenação é de Alex Baradel, responsável pelo acervo da Fundação Pierre Verger. “Pensamos em mostrar um pouco o itinerário de Verger até ele chegar no Brasil, depois de várias viagens que fez, focando um pouco nos assuntos que interessam também ao público infantil”, disse o curador.
“As crianças se identificam muito nas fotografias de Pierre Verger, embora sejam em preto e branco e antigas. Mas ele era precursor porque sempre desejou conhecer outros mundos, viajar e descobrir outras culturas. E esse é um assunto que sempre interessa aos mais jovens – o de ver outros horizontes. Pegamos viagens atraentes para as crianças, por exemplo uma viagem que ele fez à Polinésia onde, durante quatro meses, morou em uma ilha sem nada, assim como Robinson Crusoe [personagem náufrago de um romance inglês]. E é o sonho de muitas crianças viver em uma ilha”, disse Baradel.

Na exposição, as fotografias de Verger dialogam com outros documentos, entre eles uma obra do pintor Paul Gaughin e uma revista das Aventuras de Tintin [história em quadrinhos criada em 1929]. São cerca de 270 fotografias - 50 delas em vídeo - registradas pelo fotógrafo em suas viagens, agrupadas em nove módulos que ajudam a contar as viagens de Verger: Paris, Viagens, Polinésia, Saara, China, Peru, África, Projeto e Educativo. Há também 11 ilustrações do artista visual baiano Bruno Marcello (Bua) que retratam Verger em diversos episódios e contextos.

Verger saiu da França com 30 anos, após a morte de sua mãe. Passou então muitos anos viajando pelo mundo até que, em 1946, chegou a Salvador. “Quando chegou à Bahia, ele se apaixonou pela cidade, se interessou muito pela cultura afro-brasileira e passou a viver em Salvador, até a morte”, contou o curador. Na Bahia, ele começou a se interessar pela religião de origem africana, que passou a ser tema de suas pesquisas e fotografias.

Edição: Graça Adjuto
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