terça-feira, 13 de agosto de 2024

ABERTURA DIA 15 DE AGOSTO (QUINTA-FEIRA) A PARTIR DAS 14HS ENTRADA GRATUITA

 

 

Operários em construção da Catedral da Sé (autor desconhecido, anos 1930), à esq. Praça da Sé (Alice Brill, 1955. Acervo do Instituto Moreira Salles), à direita.

EXPOSIÇÃO APRESENTA RECORTE INÉDITO SOBRE A PRAÇA E A CATEDRAL DA SÉ AO LONGO DE 162 ANOS

Obras de alguns dos principais nomes da fotografia no Brasil, como

Militão Augusto de AzevedoMarc FerrezHildegard Rosenthal,

Alice Brill German Lorca estão na mostra, que acontece dentro da Catedral.

Elementos ópticos interativos propiciarão ao público ver de perto itens esculpidos no templo e hoje posicionados a até 30 metros de altura.

A expansão da cidade de São Paulo de uma pequena capital de província (atrás de cidades como Cuiabá, Niterói e Fortaleza) a uma das maiores metrópoles do mundo é um dos temas que pode ser observado na exposição “Sé: Catedral, Praça e Marco”, que acontece a partir de 15 de agosto dentro da própria Catedral, com entrada gratuita.

 

Com 115 fotos de alguns dos principais nomes da área no último século, a mostra conta com apoio da Cidade de São Paulo e enfoca diversos momentos da Praça da Sé e da construção da principal igreja do município (que teve suas obras iniciadas em 1912 está completando 70 anos em 2024). Imagens inéditas dos operários que ergueram o templo ao longo de mais de 40 anos evidenciam a proporção da construção e detalhes que até então nunca tinham sido exibidos ao público.

 

A imagem mais antiga, de Militão Augusto de Azevedo, mostra o Largo da Sé (que ficava próximo onde hoje está a sede da Caixa Cultural). Trata-se de um dos primeiros registros fotográficos da cidade (1862). Cinquenta anos depois o largo (junto com a primeira Catedral, de estilo barroco) seria demolido, dando lugar a uma praça oito vezes maior.

 

O espaço da praça na vida da cidade também é abordado, com imagens de protestos pela Revolução de 1932 (autor desconhecido), o comício das Diretas Já em 1984 (foto de Fernando Santos) e muitos outros. As 115 imagens da mostra encontravam-se dispersas em arquivos públicos e privados (como do Instituto Moreira Salles, Museu Paulista, Arquivo Metropolitano da Cúria e outros), tendo sido reunidas pela primeira vez para a exposição.

 

O Largo da Sé em 1862 (foto à esq.,de Militão Augusto de Azevedo), à esq. E a Praça da Sé, com a Catedral em construção ao fundo (foto de Hildegard Rosenthal, 1940. Acervo do Instituto Moreira Salles), à direita.

Das charretes aos bondes e carros, passando pela maior presença de pessoas nas ruas, é possível observar o crescimento da cidade e a evolução das próprias técnicas de produção de imagem ao longo do tempo. “Isso, pois a popularização da fotografia coincide com a explosão do crescimento de São Paulo”, afirma Camilo Cassoli, curador responsável pela mostra. “Além dos próprios dispositivos de registro - das pesadas câmeras iniciais do século XIX até os atuais drones - nas cenas fotografadas podemos ver a presença das câmeras de televisão iniciais e dos primeiros telefones celulares com câmeras”, complementa.

 

Juntamente às imagens impressas, o público poderá observar - a partir de dispositivos ópticos especialmente instalados na Catedral - detalhes do edifício dificilmente observáveis a olho nu. Esculturas e vitrais presentes a até 30 metros de altura serão aproximados por instrumentos disponíveis para observação dos visitantes.

 

Animais da fauna brasileira, esculpidos em colunas da Catedral da Sé, autor desconhecido (década de 1940), à esq. À direita, restauro da Catedral, em 2001. Foto de Iatã Cannabrava.

A expografia da mostra também dialoga com o espaço, explorando - com transparência de suas divisórias e suportes para textos - recortes de vistas do templo e aspectos das cores de seus vitrais. “Procuramos uma instalação que interaja com o ambiente, propondo novas formas de observação dele não apenas a partir de suas imagens históricas, mas também propondo aspectos que o visitante poderá ver a olho nu ou pelos monóculos que haverá no local”, comenta Camilo Cassoli. Uma instalação também reunirá lado a lado exemplares de diversos tipos de rochas e minérios utilizados na construção, próximos a imagens deles sendo esculpidos in loco no início do Século XX.

Praça da Sé, anos 1930. Autor desconhecido.

Acervo do Museu de Cidade de

São Paulo.

SERVIÇO

Exposição “Sé: Catedral, Praça e Marco”. Catedral da Sé. Praça da Sé, S/N.

De 15 de agosto de 2024 a 17 de novembro de 2024.

Das 10 às 17 horas. Entrada Gratuita.

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