terça-feira, 19 de novembro de 2024

Afogada: Exposição inspirada em cenas marinhas reúne gerações e promove identificações e reflexões

 

atiane Silvestroni
Afogada: Exposição inspirada em cenas marinhas reúne gerações e promove identificações e reflexões


Mostra gratuita da artista visual Emília Santos pode ser vista até dia 24/11

Um encontro de gerações e um misto de identificações e reflexões. Assim está sendo a Exposição ‘Afogada’, da artista visual Emília Santos, que pode ser vista até dia 24/11 na Pinacoteca Diógenes Duarte Paes, em Jundiaí. A mostra reúne pinturas inspiradas em cenas marinhas e é contemplada pelo edital da Lei Paulo Gustavo (LPG 21/2023), realização da Prefeitura de Jundiaí e do Governo Federal. 

Mestre em Multimeios pela UNICAMP e graduada em Licenciatura em Artes Visuais, Pintura, Gravura e Escultura pelo Centro Universitário Belas Artes de São Paulo, Emília Santos apresenta ao público de Jundiaí e Região, desde o dia 28/09/2024, as pinturas que exploram a representação do mar. Por meio de um QR Code, as obras têm recursos de acessibilidade, como a audiodescrição, e podem ser acompanhadas por uma playlist especial. 

Entre as ações propostas pelo projeto, estão visitas guiadas e rodas de conversas com a artista para debater sobre os processos criativos. O Cursinho Popular Nise da Silveira, de Campo Limpo Paulista, voltado para todos os tipos de mulheridade, participou no sábado (09/11) do evento especial. "São nesses momentos que tenho oportunidade de pensar a recepção dos trabalhos e ter essa troca com as pessoas", declara Emília Santos. O próximo evento está previsto para o dia 22/11.

A professora de Física do Cursinho, Bárbara Bussi, de 32 anos, se encantou com os efeitos de luz representados nas telas. “Me impressionei com a forma como ela retrata a luz, os raios, essa impressão de movimentos, de tridimensionalidade. Realmente eu fiquei imersa na exposição e admiro a forma como ela toca as pessoas, principalmente daquelas que gostam de água e de mar”, afirma.

Já a Júlia Rodrigues, 16 anos, estudante do cursinho que deseja cursar Biomedicina, apontou que a tela denominada Serpeio lhe passou a sensação de estar nas piscinas naturais, como as de Maceió. “A imagem remete a uma água bem cristalina, com corais no fundo, me passa calma. Também me impressionei com o fato de as pinturas retratarem momentos diferentes do mar, sendo do amanhecer até anoitecer, algo muito especial”.  

Identificação

Muitos visitantes comentam sobre a identificação que as telas proporcionam, seja a lembrança de um lugar ou sensações e sentimentos. A psicóloga Adriane Batista Miqueleto já conhecia a obra de Emília, esteve no lançamento de Afogada e agora participou da visitação. “As telas remetem muita paz e o sentimento de imersão, dessa força do mar, da natureza, de como as ondas mexem e remexem o que está imerso. Essa exposição fala diretamente com meu coração”, afirma.

A estudante do sexto ano, Julia Florêncio, de 11 anos, também se conectou com a abordagem das telas. “Eu amo as ondas do mar. Achei a exposição muito bonita com  pinturas que usam técnicas bem delicadas”, comentou.  

.Reflexões nas telas

A exposição ‘Afogada’ aborda, de forma simbólica, angústias geradas pelos acontecimentos das catástrofes climáticas, do desgoverno sobre políticas ambientais, a fim de refletir sobre as bruscas mudanças na paisagem provocadas pelo desequilíbrio ambiental, catástrofes climáticas, deslizamentos, enchentes e alagamentos, que transformam o cotidiano do olhar, construindo uma imagem modificada da paisagem presente. 

A artista visual provoca o público a refletir sobre as mudanças drásticas que afetam as paisagens e a necessidade urgente de assumirmos nossa responsabilidade em relação ao meio ambiente. “É uma expressão de cenas marinhas que evocam a sensação de submersão. Em minhas criações eu exploro a relação entre o figurativo e o abstrato, com um foco especial em representar movimentos aquáticos e reflexos. Meu trabalho artístico é voltado para reflexões sobre torções entre materiais e gêneros da pintura”, explica Emília que mora em Jundiaí e é professora.

Sem retratar lugares específicos, a artista opta por trazer a sensação de estar ilhada, afogada, em isolamento para tratar sobre o assunto. A série busca promover reflexões sobre a sensação de submersão, sinônimo de vencida, alagada, escondida, esquecida, inundada e perdida, escondimento e esquecimento diante de uma crise tão profunda. Em suas pinturas, a artista explora a gestualidade, a cor e a pincelada para retratar o movimento da água e as diferentes sensações que esse movimento pode promover, abordando desde uma instabilidade gerada pelo mal-estar das ondas até uma sensação de calmaria e conforto. As pinturas possuem dimensões variadas e uma paleta de cores que propõe diferentes momentos de um dia, do amanhecer até o anoitecer. Utilizando tintas à base de água, a ideia é produzir efeitos em que a pincelada seja visível, destacando o gesto da construção da cena. 

A artista incorpora a dualidade presente na simbologia da água, compreendida como signo de origem da vida, transformação, abundância e bem como rituais de transformação e morte. Diante da tragédia climática e social que assola as cidades, a artista busca transmitir sua visão crítica e sensível à problemática ambiental por meio de sua arte, utilizando a cidade como palco dessa reflexão.

Perfil de Emília Santos

Emília Santos, artista visual com Mestrado em Multimeios pela Unicamp e Graduação em Artes Visuais pelo Centro Universitário Belas Artes de São Paulo. Sua obra é caracterizada pela exploração da interseção entre materiais e gêneros na pintura. Em 2022, realizou a exposição “Diálogos Insurgentes”, na Pinacoteca Diógenes Duarte Paes, em Jundiaí. Ganhou o edital dos Cadernos Pagu, promovido pelo Grupo de Estudos de Gênero e Sexualidade da Unicamp, com sua obra destacada como capa da edição nº 67. Além de seu trabalho como pintora, possui experiência como ilustradora em projetos editoriais, incluindo uma colaboração com Iara Rennó no livro sensorial “Afrodisíaca”. Selecionada pelo edital Aldir Blanc em 2021, sua obra “Paisagem Imaginária” integrou o acervo da Prefeitura de Jundiaí. Atualmente, Emília explora a relação entre o figurativo e o abstrato em suas criações, com um foco especial em representar movimentos aquáticos e reflexos. 



Ficha Técnica da Exposição Afogada:

Curadoria e apresentação: Emília Santos
Montagem e som: Lula Fidalgo
Texto de abertura: Anita Limulja e Nadine Paixão 
Assessoria de Imprensa: Ellen B. Fernandes - EBF Comunicação
Fotografia e vídeo: Tatiane Silvestroni

Serviço:
Exposição ‘Afogada’ de Emília Santos
Visitação:
 Até dia 24/11

Horário: Das 10h às 17h, de terça a domingo
Local: Pinacoteca Diógenes Duarte Paes 
Endereço: Rua Barão de Jundiaí, 109 – Centro - Jundiaí 
Entrada gratuita
Informações:
 Instagram @emiliasemidia 

atiane Silvestroni
Afogada: Exposição inspirada em cenas marinhas reúne gerações e promove identificações e reflexões




Museu das Culturas Indígenas têm atrações gratuitas no Dia da Consciência Negra

 


Nos dias 20 e 21 de novembro, instituição recebe seminário sobre línguas maternas e apresentações culturais afrobrasileiras e indígenas.

A entrada é gratuita com retirada de ingresso no site  https://museudasculturasindigenas.org.br/ 


São Paulo, novembro de 2024 – Uma programação gratuita recheada de atividades culturais promete divertir o público que visitar o Museu das Culturas Indígenas (MCI) — instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, gerida pela ACAM Portinari (Associação Cultural de Apoio ao Museu Casa de Portinari), em parceria com o Instituto Maracá e o Conselho Indígena Aty Mirim. Nos dias 20 e 21 de novembro, seminário, apresentações artísticas indígenas e afrobrasileiras, além de exposições de curadores indígenas, integrarão a agenda. Confira:

Feriado da Consciência Negra (20 de novembro)

 

Cantos sagrados Guarani serão apresentados pelo Coral Purahei Marangatu, da Terra Indígena Jaraguá (Aldeia Tekoa Yvy Porã), às 10h. A apresentação cultural mostrará o nhnade rekó (modo de vida do povo Guarani Mbya), evocará a natureza, proteção e paz, em oposição a destruição ao meio ambiente, que hoje sofre com as consequências da interferência humana e resulta em eventos climáticos extremos.

 

A manifestação cultural Tambor de Crioula será apresentada por Téo Menezes e o Coletivo As Três Marias no feriado da Consciência Negra, às 11h. A celebração de devoção a São Benedito, santo padroeiro, negro e filho de escravizados evocam essa expressão cultural afro-brasileira que representa sabedorias dos mais velhos.

Por meio da percussão de três tambores de madeira acompanhados de matracas e a dança de mulheres, a apresentação cultural pretende fortalecer os laços culturais entre povos indígenas e afrodescentes, a fim de evidenciar a luta contra o racismo, a discriminação racial, o preconceito e as desigualdades sociais.

 

Às 16h, o MCI receberá o seminário Vozes Ancestrais realizado na XIV edição do Circuito de Teatro em Português, evento que celebra a riqueza linguística e cultural dos países de língua portuguesa. Neste encontro, convidados vão unir-se para celebrar suas raízes e as línguas maternas.

 

Reflexões sobre o apagamento linguístico, a rica herança cultural de africanos e indígenas, bem como o papel vital das raízes na construção e manutenção das línguas e da diversidade cultural serão tópicos abordados por participantes do Brasil, Angola, Moçambique, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Timor Leste, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial e Portugal.

E tem mais!

Em 21 de novembro, às 18h30, o canal do MCI no YouTube receberá uma roda de conversa virtual sobre o gênero musical hip-hop, uma ferramenta de expressão para a vida na periferia. Muito difundido na cultura da juventude negra, o estilo também foi apropriado por indígenas, que o utilizam como forma de manifestação da luta de seus povos. Participarão convidados desta cena artística que trocarão experiências e histórias, bem como mostrarão como o hip hop é um ponto de encontro para culturas de resistência.

 

SERVIÇO

 

Apresentação Guarani: Coral Purahei Marangatu

Data e horário: 20/11/2024, das 10h às 11h

 

Tambor de Crioula, com “As Três Marias”

Data e horário: 20/11/2024, das 11h às 12h

 

Seminário da Língua Materna “Vozes Ancestrais” – Circuito de Teatro em Português

Data e horário: 20/11/2024, das 16h às 18h

 

Hip hop: resistência negra e indígena

Data e horário: 21/11/2024, das 18h30 às 20h

No YouTube do MCI

 

 

Todos as atividades são gratuitas com retirada de ingresso no site: https://museudasculturasindigenas.org.br/

 

Sobre o MCI    

Localizado na capital paulista, o Museu das Culturas Indígenas (MCI) é uma instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, gerida pela ACAM Portinari – Organização Social de Cultura, em parceria com o Instituto Maracá e o Conselho Aty Mirim.   

 

Museu das Culturas Indígenas  

Endereço: Rua Dona Germaine Burchard, 451, Água Branca – São Paulo/SP      

Telefone: (11) 3873-1541     

E-mail: contato@museudasculturasindigenas.org.br          

Site: www.museudasculturasindigenas.org.br           

Redes sociais   

Instagram (@museudasculturasindigenas)           

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Twitter (@mcindigenas)     

YouTube (@museudasculturasindigenas)                     

segunda-feira, 18 de novembro de 2024

Festival do Kimchi movimenta Bom Retiro com feira gastronômica, muito K-Drama, K-Pop e diversas atrações

 


2 edição do evento terá comemoração do Dia Internacional do K-Drama, exposição sobre Kimchi e shows, proporcionando um mergulho na cultura sul-coreana

No próximo sábado, 23 de novembro, vai acontecer o 2º Festival do Kimchi e a Comemoração do Dia Internacional do K-Drama em um evento gratuito que movimentará o bairro do Bom Retiro promovendo uma viahem pela gastronomia e cultura sul-coreana. A festa, que vai das 10h às 18h, acontecerá na Praça Coronel Fernando Prestes, próximo ao Metro Tiradentes, no centro de São Paulo.

Instituído pelo Projeto de Lei n 443/22 de autoria do vereador Aurélio Nomura, o Dia do Kimchi é comemorado no dia 22 de novembro e está inserido no calendário oficial da cidade de São Paulo. 

Servido como entrada, aperitivo ou acompanhamento, o Kimchi é um prato milenar da Coreia que nasceu no século XII como uma forma de preservar os vegetais durante os invernos rigorosos, em uma época em que a escassez de alimentos ameaçava comunidades inteiras daquele país. Feito com acelga apimentada, o Kimchi se transformou em um símbolo da história e cultura da Coréia do Sul e se destaca por sua versatilidade, com inúmeras formas de servir e temperar, e por estar presente em todas as refeições coreanas.

Além saborear e ver uma exposição sobre o Kimchi, o público poderá conferir muito conteúdo sobre K-Drama, assistir apresentações de Grupos Musicais, de Dança Tradicional Coreana, shows com Grupos de K-Pop Cover e participar de várias atividades que promoverão uma gostosa imersão na cultura sul-coreana.

 


2º FESTIVAL DO KIMCHI E DIA INTERNACIONAL DO K-DRAMA

Data: 23 de novembro

Horário: das 10h às 18h

Local: Praça Coronel Fernando Prestes s/n - Praça Tiradentes - Bom Retiro – Centro – SP

EVENTO GRATUITO



O “SEMINÁRIO DE LÍNGUA MATERNA: VOZES ANCESTRAIS” ACONTECE DIA 20 DE NOVEMBRO, ÀS 15H, NO MUSEU DAS CULTURAS INDÍGENAS

 

Uma reflexão sobre o apagamento linguístico, explorando a rica herança cultural de africanos e indígenas, e sublinhando

o papel vital dessas raízes na construção e manutenção das línguas e da diversidade cultural.

SEMINÁRIO DE LÍNGUA MATERNA - VOZES ANCESTRAIS – INTEGRA O XIV CIRCUITO DE TEATRO EM PORTUGUES QUE ACONTECE DE 14 A 21 DE NOVEMBRO/2025

No Seminário de Línguas Maternas “Vozes Ancestrais”, que acontece dia 20/11, (quarta-feira) às 15hs, no Museu das Culturas Indígenas (Rua Germaine Burchard, 451 - Água Branca – SP), o público conhecerá a riqueza linguística e cultural dos países africanos de língua portuguesa. Neste encontro vibrante, artistas e convidados do Brasil (São Paulo, Amazonia), Angola, Moçambique e Guiné-Bissau, unem-se para celebrar suas raízes comuns e suas singularidades.

O foco é dedicado à língua materna de cada um desses territórios, um laço vital que transcende gerações e carrega consigo a essência de uma cultura.

Com a Curadoria e mediação de Cassia Andrade e Cristina Takuá, participam do Seminário:

 

- Cristina Takuá - Amazônia/Brasil

- Creuza Borges - São Paulo/Brasil

- Simão Carlos Con-No - Guiné-Bissau/África

- Adérito Bento da Silva - Angola/África

- M’Beu - Moçambique/África

- Papi Tupi - Filólogo - São Paulo/Brasil 

- Verônica Pinheiro - São Paulo/Brasil (África)

Mediação - Cassia Andrade - Portugal/Brasil

sábado, 16 de novembro de 2024

Em celebração ao Dia da Consciência Negra, Festival Ajô Odara ocupa o Teat(r)o Oficina para exaltar a ancestralidade preta e a riqueza cultural afrodiaspórica



 Por iniciativa de Márcio Telles, diretor e ator da Cia. Odara, as celebrações ao Dia da Consciência Negra de 2024 prometem transformar o espaço emblemático do Teat(r)o Oficina, em São Paulo, em um quilombo de resistência e pretitude, graças à intensa programação do Festival Ajô Odara, evento idealizado pelo diretor dramaturgo que promoverá uma série de atividades entre 10h e 23h em 20 de novembro.

 

Por meio de danças, manifestações artísticas e musicais, vivências, experiências imersivas e valorização do artesanato, da moda e da culinária afrodiaspórica, o festival pretende estabelecer conexões com origens ancestrais e valores da herança cultural preta. O evento também permitirá ao público revisitar ou conferir, pela primeira vez, dois celebrados espetáculos da Cia. Odara: o monólogo Madame, protagonizado por Telles, e a intervenção artística Jardim das Iyabas.

 

“Ajô vem de festa, de celebração. E convidamos a todes para que a gente possa celebrar nossa cultura e ancestralidade afro com o Festival Ajô Odara. A ideia é não só enaltecer e celebrar o dia da Consciência Negra e nossos ancestrais, mas também dialogar com o povo preto sobre esse grande trabalho de valorização que percorre os dias de hoje, preparando o terreno para as novas gerações e quem há de vir. Acima de tudo, o festival será um grande encontro para diálogos e conexões”, defende Márcio Telles. 

 

A programação terá início, às 10h, com a vivência Orí: (Re)conectando com a Origem, uma jornada interativa que promoverá o autoconhecimento por meio da rica simbologia do Orí, que representa a cabeça e a essência individual na cultura afro-brasileira. Com atividades interativas aplicadas pelo professor e Baba Omo Ṣàngó Teles, com atuação de Robson Akinkanjú, música percussiva de Ògán Dede Guimarães e Egbon Luciano de Obaluaiyê, participação da Ìyálórìṣà Emanuela de Ṣàngó e direção geral de Márcio Telles, a vivência propõe uma profunda introspecção e a valorização da ancestralidade.

 

Às 11h30, o público terá a chance de um reencontro com a intervenção artística Jardim das Iyabas, um dos destaques do repertório da Cia. Odara, com foco nas divindades femininas do culto yorubá. Destacando a força, a sabedoria e o poder das Iyabas, a intervenção é composta de música percussiva, dança e contação de histórias através de Itans (contos iyorubás) que visitam a história ancestral do povo preto por meio das divindades Oxum, Iyansan, Nãnã e Iyemanjá. Com uma narrativa lúdica sobre a importância feminina na criação do mundo, os griôs cantam e contam histórias para dar vida às divindades femininas que dançam alegremente a partir de cada itan.

 

Após o encerramento da remontagem de Jardim das Yabas, Telles reitera que os artistas farão uma pausa para o almoço, destacando que o Festival Ajô Odara também terá um generoso espaço para difusão da culinária e da economia criativa afrodiaspórica.  

  

“Para além dos diálogos, das vivências e das intervenções artísticas, o festival também reunirá barracas de comidas típicas, artesanatos e moda afro. Será um evento muito rico, culturalmente falando, e as pessoas não podem ficar de fora”, reforça o convite.


A programação será retomada às 14h com a apresentação de Ẹsẹ̀ Ìtàn: Exu e a Encruzilhada da Vida, uma vivência imersiva que entrelaça narrativas, danças, cantos e contos para explorar a simbologia de Exu e as decisões na encruzilhada da vida, conectando participantes com uma poderosa energia transformadora. Com duração de 120 minutos, a vivência tem direção de Márcio Telles, cantos e ritmo de Ògán Dedê Guimarães e Egbon Luciano de Obaluaiyê, atuação de Robson Akikànjú, desenvolvimento e aplicação do professor e Babalorìṣà Omo Ṣàngó Teles, e participação especial de Ìyálórìṣà Emanuela de Ṣàngó.

 

Às 18h30, o Oficina será palco de uma apresentação especial do espetáculo-rito Atòtó: Silêncio, o Rei está na Terra, que fica em cartaz no teatro até 25 de novembro. A montagem convida o público a celebrar, por meio do teatro, da dança ,da música, de objetos cênicos e de recursos audiovisuais, a jornada e a majestade de Obaluaiyê, o orixá da cura e transformação. Com direção de Márcio Telles e elenco de 40 artistas pretos, a peça celebra a vida e destaca a resistência e a riqueza das narrativas Yorubás. 

 

Às 21h, no encerramento do festival, dois anos após sua aclamada temporada, o público terá a chance de imergir na impactante narrativa do espetáculo solo Madame, protagonizado por Márcio Telles e inspirado na vida icônica de Madame Satã (1900 – 1976), figura lendária da boemia carioca que desafiou estigmas e se tornou um símbolo de resistência e reinvenção. Com direção de Marcelo Drummond, o espetáculo leva ao palco a malandragem e a mandinga, características do famoso capoeirista, evocando o sagrado e o profano para celebrar narrativas de resistência e transformando o terreiro eletrônico do Oficina num cabaré que acolhe a luxúria e a cena boêmia, além de reverberar a voz de contestações sociais contra o racismo, a LGBTfobia, a intolerância religiosa e a identidade de gênero.

 

Sobre Márcio Telles

Ator do Teat(r)o Oficina, produtor e diretor artístico da Odara Produções, Márcio Telles é gestor cultural, parecerista de projetos culturais, atua como produtor executivo na area de planejamento e gestão em projetos da Associação Amigos da Arte( APAA),  é também idealizador e diretor cultural do projeto Odara. Fundou a Cia. Odara em maio de 1997, e produziu diversos projetos em parceria com a Secretaria Municipal de Cultura da Prefeitura de São Paulo. Também atuou como produtor artístico da revista Raça, é diretor artístico de Carnaval na escola de samba Nenê de vila Matilde,alem de ter atuado em  grandes escolas de samba da cidade de São Paulo. Para maiores informações sobre a Cia. Odara, acesse e siga: instagram.com/cia_odara/

 

SERVIÇO

Festival Ajô Odara

Data: 20 de novembro de 2024

Horário: das 10h às 23h

Local: Teatro Oficina

Endereço: Rua Jaceguai, 520, Bixiga, São Paulo 

Direção: Márcio Telles

Classificação indicativa: Livre


INGRESSOS

1º lote: R$ 60 (inteira), R$ 30 (estudantes, professores de rede pública e classe artística, mediante comprovação; moradores do bairro, mediante comprovante de residência), R$ 5 (estudantes secundaristas de escola pública, imigrantes, refugiados e moradores de movimentos sociais de luta por moradia, mediante comprovante) limitados a 10% da lotação diária.


2º lote: R$ 80 (inteira), R$ 40 (estudantes, professores de rede pública e classe artística, mediante comprovação; moradores do bairro, mediante comprovante de residência), R$ 10 (estudantes secundaristas de escola pública, imigrantes, refugiados e moradores de movimentos sociais de luta por moradia, mediante comprovante) limitados a 10% da lotação diária.


3º lote: R$100 (inteira), R$50 (estudantes, professores de rede pública, classe artística mediante comprovação, moradores do bairro mediante comprovante de residência), R$15 (estudantes secundaristas de escola pública, imigrantes, refugiados e moradores de movimentos sociais de luta por moradia, mediante comprovante) limitados a 10% da lotação diária.

 

Ingressos antecipados pelo Sympla: linktr.ee/Cia.Odara

A bilheteria do teatro abre com uma hora de antecedência para cada atividade

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