sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Integra do discurso de Dilma na Assembleia da ONU




A presidente Dilma Rousseff foi nesta quarta-feira a primeira mulher a abrir a Assembleia Geral da ONU, em Nova York.

"Senhor presidente da Assembleia Geral, Nassir Abdulaziz Al-Nasser,

Senhor secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon,

Senhoras e senhores chefes de Estado e de Governo,

Senhoras e senhores,

Pela primeira vez, na história das Nações Unidas, uma voz feminina inaugura o Debate Geral. É a voz da democracia e da igualdade se ampliando nesta tribuna que tem o compromisso de ser a mais representativa do mundo.

É com humildade pessoal, mas com justificado orgulho de mulher, que vivo este momento histórico.

Divido esta emoção com mais da metade dos seres humanos deste Planeta, que, como eu, nasceram mulher, e que, com tenacidade, estão ocupando o lugar que merecem no mundo. Tenho certeza, senhoras e senhores, de que este será o século das mulheres.

Na língua portuguesa, palavras como vida, alma e esperança pertencem ao gênero feminino. E são também femininas duas outras palavras muito especiais para mim: coragem e sinceridade. Pois é com coragem e sinceridade que quero lhes falar no dia de hoje.

Senhor Presidente,

O mundo vive um momento extremamente delicado e, ao mesmo tempo, uma grande oportunidade histórica. Enfrentamos uma crise econômica que, se não debelada, pode se transformar em uma grave ruptura política e social. Uma ruptura sem precedentes, capaz de provocar sérios desequilíbrios na convivência entre as pessoas e as nações.

Mais que nunca, o destino do mundo está nas mãos de todos os seus governantes, sem exceção. Ou nos unimos todos e saímos, juntos, vencedores ou sairemos todos derrotados.

Agora, menos importante é saber quais foram os causadores da situação que enfrentamos, até porque isto já está suficientemente claro. Importa, sim, encontrarmos soluções coletivas, rápidas e verdadeiras.

Essa crise é séria demais para que seja administrada apenas por uns poucos países. Seus governos e bancos centrais continuam com a responsabilidade maior na condução do processo, mas como todos os países sofrem as conseqüências da crise, todos têm o direito de participar das soluções.

Não é por falta de recursos financeiros que os líderes dos países desenvolvidos ainda não encontraram uma solução para a crise. É, permitam-me dizer, por falta de recursos políticos e algumas vezes, de clareza de ideias.

Uma parte do mundo não encontrou ainda o equilíbrio entre ajustes fiscais apropriados e estímulos fiscais corretos e precisos para a demanda e o crescimento. Ficam presos na armadilha que não separa interesses partidários daqueles interesses legítimos da sociedade.

O desafio colocado pela crise é substituir teorias defasadas, de um mundo velho, por novas formulações para um mundo novo. Enquanto muitos governos se encolhem, a face mais amarga da crise - a do desemprego - se amplia. Já temos 205 milhões de desempregados no mundo. 44 milhões na Europa. 14 milhões nos Estados Unidos. É vital combater essa praga e impedir que se alastre para outras regiões do Planeta.

Nós, mulheres, sabemos, mais que ninguém, que o desemprego não é apenas uma estatística. Golpeia as famílias, nossos filhos e nossos maridos. Tira a esperança e deixa a violência e a dor.

Senhor Presidente,

É significativo que seja a presidenta de um país emergente, um país que vive praticamente um ambiente de pleno emprego, que venha falar, aqui, hoje, com cores tão vívidas, dessa tragédia que assola, em especial, os países desenvolvidos.

Como outros países emergentes, o Brasil tem sido, até agora, menos afetado pela crise mundial. Mas sabemos que nossa capacidade de resistência não é ilimitada. Queremos - e podemos - ajudar, enquanto há tempo, os países onde a crise já é aguda.

Um novo tipo de cooperação, entre países emergentes e países desenvolvidos, é a oportunidade histórica para redefinir, de forma solidária e responsável, os compromissos que regem as relações internacionais.

O mundo se defronta com uma crise que é ao mesmo tempo econômica, de governança e de coordenação política.

Não haverá a retomada da confiança e do crescimento enquanto não se intensificarem os esforços de coordenação entre os países integrantes da ONU e as demais instituições multilaterais, como o G-20, o Fundo Monetário, o Banco Mundial e outros organismos. A ONU e essas organizações precisam emitir, com a máxima urgência, sinais claros de coesão política e de coordenação macroeconômica.

As políticas fiscais e monetárias, por exemplo, devem ser objeto de avaliação mútua, de forma a impedir efeitos indesejáveis sobre os outros países, evitando reações defensivas que, por sua vez, levam a um círculo vicioso.

Já a solução do problema da dívida deve ser combinada com o crescimento econômico. Há sinais evidentes de que várias economias avançadas se encontram no limiar da recessão, o que dificultará, sobremaneira, a resolução dos problemas fiscais.

Está claro que a prioridade da economia mundial, neste momento, deve ser solucionar o problema dos países em crise de dívida soberana e reverter o presente quadro recessivo. Os países mais desenvolvidos precisam praticar políticas coordenadas de estímulo às economias extremamente debilitadas pela crise. Os países emergentes podem ajudar.

Países altamente superavitários devem estimular seus mercados internos e, quando for o caso, flexibilizar suas políticas cambiais, de maneira a cooperar para o reequilíbrio da demanda global.

Urge aprofundar a regulamentação do sistema financeiro e controlar essa fonte inesgotável de instabilidade. É preciso impor controles à guerra cambial, com a adoção de regimes de câmbio flutuante. Trata-se, senhoras e senhores, de impedir a manipulação do câmbio tanto por políticas monetárias excessivamente expansionistas como pelo artifício do câmbio fixo.
A reforma das instituições financeiras multilaterais deve, sem sombra de dúvida, prosseguir, aumentando a participação dos países emergentes, principais responsáveis pelo crescimento da economia mundial.

O protecionismo e todas as formas de manipulação comercial devem ser combatidos, pois conferem maior competitividade de maneira espúria e fraudulenta.

Senhor Presidente,

O Brasil está fazendo a sua parte. Com sacrifício, mas com discernimento, mantemos os gastos do governo sob rigoroso controle, a ponto de gerar vultoso superávit nas contas públicas, sem que isso comprometa o êxito das políticas sociais, nem nosso ritmo de investimento e de crescimento.

Estamos tomando precauções adicionais para reforçar nossa capacidade de resistência à crise, fortalecendo nosso mercado interno com políticas de distribuição de renda e inovação tecnológica.

Há pelo menos três anos, senhor Presidente, o Brasil repete, nesta mesma tribuna, que é preciso combater as causas, e não só as consequências da instabilidade global.

Temos insistido na interrelação entre desenvolvimento, paz e segurança; e que as políticas de desenvolvimento sejam, cada vez mais, associadas às estratégias do Conselho de Segurança na busca por uma paz sustentável.

É assim que agimos em nosso compromisso com o Haiti e com a Guiné-Bissau. Na liderança da Minustah, temos promovido, desde 2004, no Haiti, projetos humanitários, que integram segurança e desenvolvimento. Com profundo respeito à soberania haitiana, o Brasil tem o orgulho de cooperar para a consolidação da democracia naquele país.

Estamos aptos a prestar também uma contribuição solidária, aos países irmãos do mundo em desenvolvimento, em matéria de segurança alimentar, tecnologia agrícola, geração de energia limpa e renovável e no combate à pobreza e à fome.

Senhor Presidente,

Desde o final de 2010, assistimos a uma sucessão de manifestações populares que se convencionou denominar "Primavera Árabe". O Brasil é pátria de adoção de muitos imigrantes daquela parte do mundo. Os brasileiros se solidarizam com a busca de um ideal que não pertence a nenhuma cultura, porque é universal: a liberdade.

É preciso que as nações aqui reunidas encontrem uma forma legítima e eficaz de ajudar as sociedades que clamam por reforma, sem retirar de seus cidadãos a condução do processo.

Repudiamos com veemência as repressões brutais que vitimam populações civis. Estamos convencidos de que, para a comunidade internacional, o recurso à força deve ser sempre a última alternativa. A busca da paz e da segurança no mundo não pode limitar-se a intervenções em situações extremas.

Apoiamos o Secretário-Geral no seu esforço de engajar as Nações Unidas na prevenção de conflitos, por meio do exercício incansável da democracia e da promoção do desenvolvimento.

O mundo sofre, hoje, as dolorosas consequências de intervenções que agravaram os conflitos, possibilitando a infiltração do terrorismo onde ele não existia, inaugurando novos ciclos de violência, multiplicando os números de vítimas civis.

Muito se fala sobre a responsabilidade de proteger; pouco se fala sobre a responsabilidade ao proteger. São conceitos que precisamos amadurecer juntos. Para isso, a atuação do Conselho de Segurança é essencial, e ela será tão mais acertada quanto mais legítimas forem suas decisões. E a legitimidade do próprio Conselho depende, cada dia mais, de sua reforma.

Senhor Presidente,

A cada ano que passa, mais urgente se faz uma solução para a falta de representatividade do Conselho de Segurança, o que corrói sua eficácia. O ex-presidente Joseph Deiss recordou-me um fato impressionante: o debate em torno da reforma do Conselho já entra em seu 18º ano. Não é possível, senhor Presidente, protelar mais.

O mundo precisa de um Conselho de Segurança que venha a refletir a realidade contemporânea; um Conselho que incorpore novos membros permanentes e não-permanentes, em especial representantes dos países em desenvolvimento.

O Brasil está pronto a assumir suas responsabilidades como membro permanente do Conselho. Vivemos em paz com nossos vizinhos há mais de 140 anos. Temos promovido com eles bem-sucedidos processos de integração e de cooperação. Abdicamos, por compromisso constitucional, do uso da energia nuclear para fins que não sejam pacíficos. Tenho orgulho de dizer que o Brasil é um vetor de paz, estabilidade e prosperidade em sua região, e até mesmo fora dela.

No Conselho de Direitos Humanos, atuamos inspirados por nossa própria história de superação. Queremos para os outros países o que queremos para nós mesmos.

O autoritarismo, a xenofobia, a miséria, a pena capital, a discriminação, todos são algozes dos direitos humanos. Há violações em todos os países, sem exceção. Reconheçamos esta realidade e aceitemos, todos, as críticas. Devemos nos beneficiar delas e criticar, sem meias-palavras, os casos flagrantes de violação, onde quer que ocorram.

Senhor Presidente,

Quero estender ao Sudão do Sul as boas vindas à nossa família de nações. O Brasil está pronto a cooperar com o mais jovem membro das Nações Unidas e contribuir para seu desenvolvimento soberano. Mas lamento ainda não poder saudar, desta tribuna, o ingresso pleno da Palestina na Organização das Nações Unidas. O Brasil já reconhece o Estado palestino como tal, nas fronteiras de 1967, de forma consistente com as resoluções das Nações Unidas. Assim como a maioria dos países nesta Assembléia, acreditamos que é chegado o momento de termos a Palestina aqui representada a pleno título.

O reconhecimento ao direito legítimo do povo palestino à soberania e à autodeterminação amplia as possibilidades de uma paz duradoura no Oriente Médio. Apenas uma Palestina livre e soberana poderá atender aos legítimos anseios de Israel por paz com seus vizinhos, segurança em suas fronteiras e estabilidade política em seu entorno regional.

Venho de um país onde descendentes de árabes e judeus são compatriotas e convivem em harmonia - como deve ser.

Senhor Presidente,

O Brasil defende um acordo global, abrangente e ambicioso para combater a mudança do clima no marco das Nações Unidas. Para tanto, é preciso que os países assumam as responsabilidades que lhes cabem.

Apresentamos uma proposta concreta, voluntária e significativa de redução [de emissões], durante a Cúpula de Copenhague, em 2009. Esperamos poder avançar já na reunião de Durban, apoiando os países em desenvolvimento nos seus esforços de redução de emissões e garantindo que os países desenvolvidos cumprirão suas obrigações, com novas metas no Protocolo de Quioto, para além de 2012.

Teremos a honra de sediar a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, em junho do ano que vem. Juntamente com o Secretário-Geral Ban Ki-moon, reitero aqui o convite para que todos os Chefes de Estado e de Governo compareçam.

Senhor Presidente e minhas companheiras mulheres de todo mundo,

O Brasil descobriu que a melhor política de desenvolvimento é o combate à pobreza. E que uma verdadeira política de direitos humanos tem por base a diminuição da desigualdade e da discriminação entre as pessoas, entre as regiões e entre os gêneros.

O Brasil avançou política, econômica e socialmente sem comprometer sequer uma das liberdades democráticas. Cumprimos quase todos os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, antes 2015. Saíram da pobreza e ascenderam para a classe média no meu país quase 40 milhões de brasileiras e brasileiros. Tenho plena convicção de que cumpriremos nossa meta de, até o final do meu governo, erradicar a pobreza extrema no Brasil.

No meu país, a mulher tem sido fundamental na superação das desigualdades sociais. Nossos programas de distribuição de renda têm nas mães a figura central. São elas que cuidam dos recursos que permitem às famílias investir na saúde e na educação de seus filhos.

Mas o meu país, como todos os países do mundo, ainda precisa fazer muito mais pela valorização e afirmação da mulher. Ao falar disso, cumprimento o secretário-geral Ban Ki-moon pela prioridade que tem conferido às mulheres em sua gestão à frente das Nações Unidas.

Saúdo, em especial, a criação da ONU Mulher e sua diretora-executiva, Michelle Bachelet.

Senhor Presidente,

Além do meu querido Brasil, sinto-me, aqui, representando todas as mulheres do mundo. As mulheres anônimas, aquelas que passam fome e não podem dar de comer aos seus filhos; aquelas que padecem de doenças e não podem se tratar; aquelas que sofrem violência e são discriminadas no emprego, na sociedade e na vida familiar; aquelas cujo trabalho no lar cria as gerações futuras.

Junto minha voz às vozes das mulheres que ousaram lutar, que ousaram participar da vida política e da vida profissional, e conquistaram o espaço de poder que me permite estar aqui hoje.

Como mulher que sofreu tortura no cárcere, sei como são importantes os valores da democracia, da justiça, dos direitos humanos e da liberdade.

E é com a esperança de que estes valores continuem inspirando o trabalho desta Casa das Nações que tenho a honra de iniciar o Debate Geral da 66ª Assembleia Geral da ONU.

Muito obrigada".

Programação especial homenageia o Dia do Idoso no Centro Cultural Banco do Nordeste-Fortaleza


FORTALEZA, 23.09.2011 – O Centro Cultural Banco do Nordeste-Fortaleza (rua Floriano Peixoto, 941 – Centro – fone: (85) 3464.3108) realizará uma programação especial em torno do Dia do Idoso, 1º de outubro próximo (sábado).

A programação especial abrangerá exibição de curtas-metragens, apresentação de coral, veiculação de documentário seguido de debate e encenação de peça teatral. Conheça a seguir essa programação:

 

ESPECIAL – Homenagem ao Dia do Idoso

 

Cinema – Curtas

 

Bailão

Dia 01, sáb, 15h30

A memória de uma geração visitada por seus personagens. O cenário é o centro de uma grande cidade; o enredo, a urgência da vida. E o Bailão, o ponto de convergência dessas histórias. Direção de Marcelo Caetano. Documentário. 2009. São Paulo/SP. 16min.

 

Rendez Vous

Dia 01, sáb, 15h46

O cotidiano de um Papai Noel solitário. Direção de Fernanda Teixeira. Ficção. 2009. Rio de Janeiro/RJ. 17min.

 

Senhoras

Dia 01, sáb, 16h03

Documentário bem humorado sobre a terceira idade feminina na cidade do Rio de Janeiro. Direção de Allan Ribeiro. Documentário. 2002. Rio de Janeiro/RJ. 17min.

 

Musical da Saudade

 

Modinhas e Canções

Dia 01, sáb, 16h30

Apresentação do Coral Vozes de Outono. Maestros: Poty Fontenele e Célia Cortez. Direção Teatral: Leuda Bandeira. 60min.

 

Documentário

 

Exilados
Dia 01, sáb, 17h30
Documentário dirigido pela jornalista Ana Paula Teixeira e patrocinado pelo Programa Cultura da Gente, do Banco do Nordeste, seguido de debate com a platéia. 20min.

Teatro

 

Anônimos
Grupo Teatro Novo (Fortaleza-CE)

Dia 01, sáb, 18h30

A peça mostra um dia de visitas em um abrigo de idosos, no qual as personagens relembram um passado povoado de tristezas, mas também de alegrias, amores e sonhos que se renovam a cada amanhecer. Pesquisa, texto, direção e atuação: Sidney Malveira. Classificação: livre. 60min.

 

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

O Autor na Praça realiza tarde de autógrafos do livro “Sampa: um laboratório para mestres, alunos e visitantes”


No dia 17 de setembro, próximo sábado, nossos convidados são os professores José Vieira Camelo Filho – Zuza e Gerson Vieira Camelo, autografando "Sampa: um laboratório para mestres, alunos e visitantes", no livro os autores, acompanhados de alunos, professores e pessoas interessadas na história de São Paulo realizam um passeio através do tempo pela cidade, o roteiro passa por marcos históricos contemporâneos de Sampa, como: Memorial da América Latina, Parque do Ibirapuera, Edifício Copan, o moderno Museu do Futebol e percorre outros pontos destacados no mapa, inserido no livro, da província São Paulo de Piratininga datado de 1800, como: Convento de São Bento, Igreja do Colégio, Igreja da Boa Morte, Igreja de São Gonçalo, Largo do Piques, Porto Geral, Largo da Sé, Jardim Público da Luz, Largo da Forca, entre outros, que mesmo desconhecidos nos dias de hoje, alguns ainda estão lá, às vezes escondidos no meio de altos prédios, viadutos e estações do metrô. "É um livro para si próprio e para presentear amigos daqui e de fora que queiram passear em suas páginas e visitar o tempo e o espaço da ex-Vila de São Paulo dos Campos de Piratininga, da Real Cidade de São Paulo, do século XIX e desembarcar na moderna cidade de São Paulo, megalópole do século XXI, cujo futuro tem que preservar a importância histórica de seu passado" (Profª. Filomena Aparecida Pereira).

As experiências de dois professores da rede estadual com aulas em campo desenvolvidas em diversos pontos da capital serviram de material para o livro "Sampa: um laboratório para mestres, alunos e visitantes". Elaborada pelos irmãos Gerson Vieira Camelo e José Vieira Camelo Filho, a obra trata da cidade de São Paulo, com uma abordagem temporal e espacial, e propõe uma viagem pelos marcos históricos da cidade, desde caminhos percorridos pelo padre José de Anchieta, no século XVI, passando pelo Theatro Municipal de São Paulo, Parque do Ibirapuera, Edifício Copan e Memorial da América Latina até a construção do contemporâneo Museu do Futebol. O intuito da publicação, de acordo com os autores, é servir como laboratório para o desenvolvimento de aulas extraclasse destinadas a alunos de todos os níveis escolares, assim como apontar as virtudes e contradições existentes no interior da maior cidade dos trópicos. "É importante tirar os alunos da sala de aula e mostrar como a transformação se deu no seu entorno, na cidade", explica José Vieira Camelo Filho, mais conhecido como Zuza, professor de geografia na Escola Estadual Profº Emygdio de Barros. A publicação traz um mapa da São Paulo de Piratininga do ano de 1.800 e relaciona 16 pontos geográficos e históricos que simbolizam a cidade e foram visitados pelos docentes e seus alunos nas atividades extraclasse. "Sempre demos aula em campo. Assim, resolvemos reunir todo o material desenvolvido neste livro, que foi pensado não só para professores e estudantes, mas também para todas as pessoas interessadas em conhecer a história de São Paulo", salienta Zuza, que atua na rede há 30 anos. "As pessoas pouco conhecem a cidade. As mudanças acontecem muito rapidamente e não são percebidas. Nossa intenção é que elas passem a observar melhor as transformações que ocorrem na cidade e no próprio bairro", complementa Gerson Vieira Camelo, que atua na rede estadual há 11 anos e hoje ministra aulas de inglês na Escola Estadual Almeida Júnior. (texto da Secretaria da Educação). Mais informações abaixo.

O Autor na Praça realiza tarde de autógrafos do livro "Sampa: um laboratório para mestres, alunos e visitantes".

Dia 17 de setembro, sábado, a partir das 14h – Grátis (evento em espaço aberto).
Espaço Plínio Marcos (Tenda na Feira de Artes da Praça Benedito Calixto) - Pinheiros.
Informações: Edson Lima – 3739 0208 / 9586 5577 - edsonlima@oautornapraca.com.br.
Realização: Edson Lima & AAPBC.
Apoio: Casa Puebla, AEUSP – Associação dos Educadores da USP, Artver, Max Design, Cantinho Português, TV da PRAÇA, Enlace-media.com e Restaurante Consulado Mineiro.

Sobre o livro – "SAMPA, um laboratório para alunos, mestres e visitantes" (148 páginas, Edições Lua Nova, R$ 30,00) - É um livro que trata da cidade de São Paulo, com uma abordagem temporal e espacial. Nele, pode-se viajar pelas paliçadas do padre José de Anchieta, no século XVI, passar pelo Teatro Municipal de Ramos, de Azevedo e dos Irmãos Rossi, o Parque do Ibirapuera, o Copan e o Memorial da América Latina, de Oscar Niemeyer, no século XX, e chegar ao moderno Museu do Futebol, construído no século XXI. Este livro apresenta as áreas  que servem como laboratório para o desenvolvimento de aulas de campo destinadas a alunos de todos os níveis escolares e, concomitantemente, aponta as virtudes e as contradições existentes no  interior desta  capital, a maior  cidade dos  trópicos. SAMPA destaca a geografia dos espaços culturais, gastronômicos, esportivos e comerciais dos paulistanos e dos seus convidados que vêm de vários pontos geográficos do Brasil e do mundo. Entre esses lugares, encontram-se também os territórios das universidades e das esferas dos poderes municipais e estaduais situados na capital. O livro de Gerson e Zuza procura trazer e reforçar informações sobre São Paulo e, com isso, ressaltar a sua importância junto aos seus habitantes e visitantes e, consequentemente, fazer com que eles sintam-se em casa. Esta cidade é o local do grande encontro entre os brasileiros de todas as regiões do Brasil: de norte a sul e de leste a oeste, assim como daqueles que vêm de outras paragens do globo terrestre. SAMPA: um laboratório para mestres, alunos e visitantes é um livro para si próprio e para presentear amigos daqui e de fora que queiram passear em suas páginas e visitar o tempo e o espaço da ex-Vila de São Paulo dos Campos de Piratininga, da Real Cidade de São Paulo, do século XIX e desembarcar na moderna cidade de São Paulo, megalópole do século XXI, cujo futuro tem que preservar a importância histórica de seu passado. (Filomena Aparecida Pereira - Coordenadora Pedagógica).

Sobre Gerson Vieira Camelo – Pesquisador do teatro negro revolucionário no contexto norte-americano. Professor da rede pública de ensino (E. E. Almeida Júnior). Doutor em Estudos Linguísticos e Literários em Inglês pela Universidade de São Paulo (2010), Mestre em estudos Linguísticos e Literários em Inglês pela Universidade de São Paulo (2004) e graduado em Letras pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1990). Autor da tese Four Black Revolutionary Plays: Amiri Baraka e a Construção de uma Dramaturgia Revolucionária Negra (2010) e da dissertação A representação da cultura negra como elemento de crítica e de militância na peça Dutchman, de Amiri Baraka (2004).

Sobre Zuza Veira Camelo — José Vieira Camelo Filho, mais conhecido como Zuza, nasceu em 14 de junho de 1952, no Ingongo, Fazenda Gameleira, Distrito do Espírito Santo, município de São João do Piauí-PI. É pesquisador do Rio São Francisco, professor da E. E. Prof. Emygdio de Barros, Pós-Doutor em Políticas Públicas, Doutor em Economia, Especialização em Economia do Trabalho e Sindicalismo pela Unicamp. Mestre em História, Bacharel em Ciências Sociais, Geografia e Licenciatura em Geografia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo-PUC/SP. No Pós-Doutorado, elaborou uma pesquisa a respeito do Rio São Francisco e de seu Vale. Seu Doutorado teve como objeto de estudo as estradas de ferro do Nordeste e, para a realização do Mestrado, desenvolveu uma pesquisa acerca do cangaço. É autor do livro "Espírito Santo: um pontinho do Brasil que não pode ser apagado" (Edições Pulsar, 2001) e de "Lampião, o Sertão e Sua Gente" (1ª edição, Editora da UFMS e segunda edição pelo selo editorial "OAUTONAPRAÇA", 2008).

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sábado, 10 de setembro de 2011

IV Seminário Nacional de Formação de Professores: Pesquisa Autobiográfica, Histórias de Vida e Perspectivas da Docência no Meio Rura


Olá, vimos por meio deste convidar todos os interessados para participar do IV Seminário Nacional de Formação de Professores: Pesquisa Autobiográfica, Histórias de Vida e Perspectivas da Docência no Meio Rural, a realizar-se de 25 a 29 de Outubro de 2011, na UFSM, em Santa Maria/RS.

Para maiores informações, acessar o site: www.ufsm.br/gepfica e o e-mail:seminarionacionalrural@hotmail.com

O período de envio de trabalhos estará aberto até 01/10/2011.

Contamos com a participação de todos!

Vagas Limitadas: 160

Atenciosamente,
Profa Dra Helenise Sangoi Antunes – PPGE/UFSM
Graziela Franceschet Farias – Acadêmica Doutorado  em Educação – PPGE/UFSM
Membros da Comissão Organizadora GEPFICA/UFSM

GEPFICA - Grupo de Estudo e Pesquisa sobre Formação inicial, Continuada e Alfabetização Universidade Federal de Santa Maria
Centro de Educação
Prédio 16
Sala 3332A 

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Memorial da Inclusão recebe obras do Museu Afro


Obras como instrumentos musicais, estatueta e máscaras africanas estão disponibilizadas para pessoas com deficiência
        Até o mês de outubro, o Memorial da Inclusão irá expor obras do Museu Afro Brasil para a apreciação das pessoas com deficiência. Trata-se de obras do Programa Singular Plural do Museu Afro Brasil, destinado para grupos de pessoas com deficiência física e sensorial.
Os visitantes podem encontrar instrumentos musicais, estatueta, máscara africanas e os objetos peculiares a alguns orixás (divindades), como o espelho de Iemanjá (feito de metal e espelho) e o machado de Xangô, de madeiraAs obras abordam temas como a religião, o trabalho, a arte e a escravidão, que registram a trajetória histórica e as influências africanas na construção da sociedade brasileira.

O Memorial da Inclusão aborda cada uma das quatro deficiências - auditiva, visual, intelectual e física – e conta com atrações como a Sala Preparatória dos Sentidos: um local escuro com painéis de texturas diversas, alteração de temperatura e sensores sonoros e olfativos. O espaço também pode ser visitado através do site www.memorialdainclusao.sp.gov.br. Por meio de uma plataforma 3D, os visitantes se sentem dentro do Memorial e podem acessar textos e áudios em três versões (português, inglês e espanhol).
Inaugurado no dia 3 de dezembro de 2009, o Memorial da Inclusão: os Caminhos da Pessoa com Deficiência tem o propósito de reunir em um só espaço fotografias, documentos, manuscritos, áudios, vídeos e referências aos principais personagens, às lutas e às várias iniciativas que incentivaram as conquistas e melhores oportunidades às pessoas com deficiências.

Serviço
Memorial da Inclusão: os Caminhos da Pessoa com Deficiência
Data: de segunda a sexta, das 10h às 17h
Local: Av. Auro Soares de Moura Andrade, 564 - Portão 10 - Barra Funda - São Paulo

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Teatro Cidadão abre inscrições para oficinas

Estão abertas até o dia 20 de setembro as inscrições para as oficinas de interpretação, confecção de máscaras e produção cultural, oferecidas pelo Teatro Cidadão, projeto do Ponto de Cultura da Commune em parceria com a Secretaria de Estado da Cultura e o Programa Cultura Viva, do MinC.


Durante quatro meses, de setembro a janeiro, os 40 selecionadosterão contato com o universo teatral na teoria e prática, participando das oficinas e diversos workshops. Como resultado, vivenciarão um processo de montagem, apresentado um espetáculo baseado na estética da Commedia Dell’Arte, com máscaras, música ao vivo e entreatos circenses, inteiramente desenvolvido pelos alunos, sob a supervisão dos arte educadores do Coletivo Teatral Commune.

Os interessados em participar devem baixar a Ficha de Inscrição no site www.commune.com.br, preenche-la e encaminhar para o e-mail teatrocidadao@commune.com.br.

As oficinas e ensaios serão conduzidas de forma sistemática e integradas: enquanto um grupo cria cenas, figurinos, cenário e ensaia a peça, os outros jovens criam máscaras, desenvolvem projetos de luz e som, e participam da produção executiva e criação do lay-out de divulgação do espetáculo.

Geração de Renda e Sustentabilidade
O contato do jovem com o universo artístico favorece e estimula a autonomia, o trabalho em equipe, o espírito de liderança e um conjunto de habilidades necessárias para que ele possa transitar por diferentes universos profissionais, como designer, figurinista, maquiador, iluminador, produtor, agente cultural, entre outras.
Um dos diferenciais do projeto “Teatro Cidadão” é a possibilidade do jovem aprendiz obter o conhecimento teórico e prático, dentro de um teatro, e realizar publicamente 24 apresentações consecutivas, algo cada vez mais raro tanto no mercado profissional, quanto nas montagens de escolas de teatro.
O projeto tem um escopo profissionalizante e sócio-cultural, na medida em que insere o jovem no mundo do trabalho por meio do teatro e da cultura digital, abrindo novas perspectivas e campos de trabalho, geração de renda e sustentabilidade.
“Teatro Cidadão” iniciou em 2006, quando a COMMUNE se tornou um Ponto de Cultura. Nesse ano, os jovens criaram o espetáculo “A Verdadeira Historia de Adão e Eva”, com texto de criação coletiva e direção de Augusto Marin. Em 2007, o resultado foi o espetáculo “O Arlecchino”, de Dario Fo, também com direção de Augusto Marin, em cartaz até hoje. Em 2010, o resultado apresentado foi “A Comedia da Esposa Muda”, um canovaccio datado de 1645, dirigido por Michelle Gabriel.

OFICINAS OFERECIDAS EM 2011:

COMMEDIA DELL ARTE E INTERPRETAÇÃO – Michelle Gabriel e Augusto Marin – 40 vagas
Os alunos criarão personagens tipos a partir da vivência e improvisação com as máscaras de Commedia Dell Arte (Arlecchino, Briguela, Pantaleão, Doutor, Capitão, Enamorados), que resultará num roteiro a ser montado como espetáculo final a ser apresentado publicamente.

CONFECÇÃO DE MÁSCARAS – Deco Morais e Helo Cardoso - 40 vagas
Os alunos aprenderão todas as etapas de criação, desde a impressão em gesso dos moldes do rosto, modelagem da máscara em argila e em papel marche, à pintura e acabamento (lixamento, verniz e envelhecimento). O resultado final da oficina será a criação de uma máscara teatral pelo aluno e a exposição dela na galeria do Teatro Commune.

PRODUÇÃO E LEGISLAÇÃO – Marcos Thadeus - 40 vagas
Esta oficina pretende levar aos jovens a importância do planejamento e organização de um projeto artístico, assim como todas as características de uma produção: legislação específica para apoios culturais, elaboração de projetos e captação de recursos. A partir desses conhecimentos, os jovens poderão desenvolver seus próprios projetos artísticos e executá-los através de leis federais e apoios direcionados a projetos de jovens.

Durante o processo, haverá também workshop de Iluminação, Sonoplastia, Cenário, Figurinos, Commedia Dell Arte, Cidadania e Economia Criativa.
Tiche Viana, Helô Cardoso, Marcio Tadeu, André Lemes, Tunica e Célio Turino são alguns dos profissionais envolvidos.

SERVIÇO
O QUÊ – Teatro Cidadão
ONDE – Inscrições devem ser feitas pelo através do preenchimento de ficha de inscrição constante no site www.commune.com.br, que deve ser encaminhada ao e-mail teatrocidadao@commune.com.br
QUANDO – As inscrições devem ser feitas até o dia 20 de setembro de 2011
INICIO DO PROCESSO DE SELEÇÃO – 20 de setembro
MAIORES INFORMAÇÕES: (11) 3807-0792 -teatrocidadao@commune.com.br

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Seminário Internacional da 8ª Bienal do Mercosul terá transmissão simultânea

Intitulado Ensaios de Geopoética, evento discutirá temas como geopolítica, territorialidade e identidade cultural. As vagas estão esgotadas, mas haverá transmissão simultânea. A 8ª Bienal do Mercosul tem patrocínio Master das empresas Gerdau e Petrobras

No dia 10 de setembro, data que marca o início das exposições da 8ª Bienal do Mercosul, acontece o Seminário Internacional Ensaios de Geopoética. Com um formato que mesclaconferências e performances, o seminário debaterá as questões abordadas no projeto curatorial da 8ª edição, apresentando diferentes perspectivas sobre geopolítica, territorialidade, fronteiras, nação e representação simbólica dos países. Artistas, pensadores, cientistas políticos, fundadores de micronações reais e fictícias, curadores e líderes comunitários de várias partes do mundo estarão reunidos no seminário para debater essas questões. O evento será realizado no Auditório Dante Barone da Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul, das 13h às 19h, com entrada franca. As vagas estão esgotadas, mas o seminário terá transmissão simultânea através do site da Bienal pelo link: mms://pwvideo1.procempa.com.br:8080/seminario.
Dividido em duas etapas, o seminário começa com a sessão Geopolítica/Geopoética, moderada porJosé Roca, curador geral da 8ª Bienal. A artista espanhola Cristina Lucas, integrante da mostraGeopoéticas, vai apresentar a animação digital Pantone (2007), com depoimentos “ao vivo” de historiadores. Os trabalhos de Cristina tratam de questões relacionadas à cartografia e sua relação com a economia, a autonomia política e a diferença. Em seguida, o presidente da Associação Comunitária Rosa Osório Marques – Quilombo Morro Alto, Wilson Marques da Rosa, aborda o significado de “território quilombola”, reivindicado pela entidade, a partir de uma reflexão sobre etnias e culturas.
Para falar sobre as relações entre geopolítica e mercado, foi convidado o antropólogo argentino, radicado no México, Néstor García Canclini, um dos principais pesquisadores de temas vinculados à cultura e à pós-modernidade desde um ponto de vista latino-americano. A professora Maria Adélia de Souza, catedrática de Direitos Humanos da Universidade Católica de Lyon, tratará do trabalho político do geógrafo Milton Santos, figura de destaque na reflexão sobre o desenvolvimento urbano dos países subdesenvolvidos.
A segunda sessão do Seminário inicia-se às 16h20, sob o tema Nação/Ficção e moderada porPablo Helguera, curador pedagógico da 8ª Bienal. A artista e escritora cubano-americana Coco Fusco abre a sessão falando sobre suas investigações atuais, partindo do tema de sua obra Els Segadors (The Reapers, 2001), que será apresentada na mostra Geopoéticas. A obra explora o tema da identidade regional na Catalunha através de seu hino.
Em seguida, o artista de Serra Leoa radicado na Eslovênia, Borut Vogelnik, fala sobre o coletivoIrwin, fundado em 1983 e integrado por ele e outros dois artistas. Vogelnik comentará também o projeto NSK, que consiste na criação de “um estado em tempo”, com funções políticas e burocráticas, através do qual o artista questiona os processos de construção de uma nação. O coletivo participa da 8ª Bienal do Mercosul como uma ZAP – Zona de Autonomia Poética, dentro da mostra Geopoéticas. O último convidado do seminário é o príncipe Michael de Sealand, que vai contar a curiosa história do Principado de Sealand, uma micronação de pouco mais de 500 m² fundada em 1967 numa antiga base naval construída pelo Reino Unido durante a Segunda Guerra Mundial. Após ambas as sessões haverá debates de meia hora de duração.
Serviço
Seminário Internacional Ensaios de Geopoética
10 de setembro, das 13h às 19h
Auditório Dante Barone – Assembléia Legislativa
Praça Marechal Deodoro, 101 - 1º Andar – Porto Alegre – RS
Vagas Esgotadas
Transmissão simultânea através do link mms://pwvideo1.procempa.com.br:8080/seminario
Informações: telefone 3254 7500 projetopedagogico@bienalmercosul.art.br

Programação
Seminário Internacional Ensaios de Geopoética
Primeira Sessão - Geopolítica/geopoética
Moderador: José Roca, Curador geral

13h às 13h45
Pantone (Vídeo/Performance): Cristina Lucas (com historiadores locais)

13h50 às 14h10
Apresentação: José Roca

14h15 às 14h35
Quilombos: Wilson Rosa

14h40 às 15h
Geopolítica e mercado: Néstor García Canclini

15h05 às 15h25
Milton Santos, o trabalho político do geógrafo: Maria Adélia de Souza

15h30 às 16h
Debate

Intervalo: 20 minutos

Segunda Sessão - Nação/ficção
Moderador: Pablo Helguera, Curador Pedagógico

16h20 às 16h30
Apresentação: Pablo Helguera

16h35 às 17h20
Conferência sobre a obra Els Segadors (The Reapers, 2001): Coco Fusco

17h25 às 17h45
IRWIN / NSK: Borut Voelgnik

17h50 às 18h10
Entrevista: Príncipe Michael de Sealand
Por: Pablo Helguera

18h15 às 18h45
Debate

Perfis dos palestrantes
Cristina Lucas - Integrante da mostra Geopoéticas, vive em Madri, Espanha, e na Holanda. Seu trabalho aborda o poder – religioso, político ou patriarcal – desde diversas perspectivas , utilizando o humor como uma estratégia para nunca cair na denúncia nem no panfleto e efetuando sua crítica a partir de uma posição feminista .
Wilson Rosa - Liderança do Movimento Negro e referência da luta pelos quilombos desde 1995, esteve no Congresso americano com o presidente Barack Obama em função do trabalho no Quilombo Morro Alto, além de ter participado de publicações nacionais e internacionais.
Néstor García Canclini - Antropólogo e crítico cultural, autor de obras como “Culturas Híbridas: estratégias para entrar e sair da Modernidade” (1999) e “Consumidores e cidadãos” (1995), é professor e pesquisador da Universidad Autónoma Metropolitana, onde trabalha desde 1990. Em suas pesquisas sobre as relações entre culturas e mídias, cunhou o termo “hibridação cultural”.http://nestorgarciacanclini.net
Maria Adélia de Souza - Professora titular convidada da Universidade Federal do Rio Grande do Norte e professora titular aposentada da Universidade de São Paulo, é presidente do TERRITORIAL – Instituto de Pesquisa, Informação e Planejamento –, atua na área de Planejamento Urbano e Regional e é autora da primeira política nacional de desenvolvimento urbano. http://www.territorial.org.br/
Coco Fusco – Utilizando a ficção como estratégia para refletir sobre questões de gênero, raça e noções de dominação entre indivíduos ou nações, debate temas identitários inspirados pelo feminismo, pela arte política e pela crítica institucional. Atualmente vivendo em Nova Iorque, atua como educadora e acadêmica no âmbito da multimídia e da performance. http://www.thing.net/~cocofusco/
Borut Vogelnik - Radicado em Liubiana, capital da Eslovênia, é um dos criadores do coletivo Irwin, mais tarde incorporado a um grupo mais amplo de artistas conhecidos como Neue Slovenische Kunst (nova arte eslovena, em alemão). http://www.nskstate.com/
Príncipe Michael de Sealand - Herdeiro do Principado de Sealand desde 1999, é filho do ex-major do exército britânico Paddy Royal Bates, fundador da micronação, localizada a 11 km da costa oeste da Grã-Bretanha. Em 1987, Michael foi tomado como refém por um grupo de alemães e holandeses que invadiram o território. Um contra-ataque resultou na prisão dos sequestradores, que mais tarde foram liberados, após negociações com um diplomata do governo alemão.

8ª Bienal do Mercosul - informações gerais
Cerimônia oficial de abertura: 09 de setembro de 2011
Período: 10 de setembro a 15 de novembro de 2011
Todos os dias da semana, das 09h às 21h, com entrada franca
Porto Alegre, RS, Brasil
Acesse www.bienalmercosul.art.br para acompanhar as novidades do projeto. Leia o blog dos curadores e acompanhe o dia-a-dia da concepção e produção do evento:www.bienalmercosul.art.br/blog. Siga a Bienal no twitter e no facebook:http://twitter.com/bienalmercosul e www.facebook.com/bienaldomercosul.

Para referência – 8ª Bienal do Mercosul
8ª Bienal do Mercosul será realizada de 10 de setembro a 15 de novembro de 2011, em Porto Alegre/RS. Sob o título Ensaios de Geopoética, a 8ª edição da Bienal trata da territorialidade e sua redefinição crítica a partir de uma perspectiva artística. Reúne 105 artistas de 31 países que desenvolvem obras relevantes para discutir noções de país, nação, identidade, território, mapeamento e fronteira sob os aspectos geográficos, políticos e culturais.
O projeto curatorial está composto por sete grandes ações, abordadas por meio de estratégias expositivas e ativadoras: Casa M, Cadernos de Viagem, Continentes, Além Fronteiras, Cidade Não Vista, Geopoéticas e uma exposição do artista homenageado Eugenio Dittborn.
Casa M, um dos projetos-chave da 8ª Bienal do Mercosul, é um espaço de encontro para a comunidade artística local, pessoas interessadas em arte e cultura, professores e estudantes de arte e áreas afins. Localizada no centro de Porto Alegre (Rua Fernando Machado, 513), a Casa M iniciou suas atividades no final de maio e terá a duração de sete meses. Workshops, conversas, cursos para professores, residências curatoriais, um programa experimental de exposições e apresentações artísticas de diversas linguagens fazem parte da programação. O local conta com espaço de convivência, sala de leitura, pátio, ateliê, sala para projeção de vídeos, entre outros ambientes.
Os espaços expositivos que irão receber as mostras da Bienal são os Armazéns do Cais do Porto, o Santander Cultural, o MARGS – Museu de Arte do Rio Grande do Sul e diversos espaços da capital e de outras cidades do RS.
Mais de vinte cidades do Rio Grande do Sul receberão artistas, obras, exposições e atividades pedagógicas, entre elas Bagé, Caxias do Sul, Ijuí, Montenegro, Pelotas, Santa Maria , Santana do Livramento, São Miguel das Missões e Teutônia.
Projeto Pedagógico da 8ª Bienal do Mercosul contempla ainda atividades de formação de professores e mediadores, oficinas, conversa com o públicos, seminários, publicações destinadas a diversos públicos e, especialmente, a programação da Casa M. Agendamento de visitas guiadas, transporte gratuito para escolas públicas e atividades variadas serão oferecidos ao público visitante durante o período da mostra.
equipe curatorial é composta de sete profissionais latino-americanos: José Roca (Colômbia) – curador geral, Pablo Helguera (México) - curador pedagógicoAlexia Tala (Chile), Cauê Alves(Brasil) e Paola Santoscoy (México) - curadores adjuntos, Aracy Amaral - curadora convidada eFernanda Albuquerque (Brasil) - curadora assistente.
Exposições e atividades
Artista homenageado: Eugenio Dittborn – mostra das Pinturas Aeropostais do artista chileno, referencial na América Latina. Em exposição em Porto Alegre no Santander Cultural, com itinerâncias em três cidades do Rio Grande do Sul: Caxias do Sul, Bagé e Pelotas.
Cadernos de Viagem – expedições de artistas em nove regiões do RS entre os meses de abril, maio, junho, julho e agosto. Os resultados estão sendo exibidos em mostras individuais em institutições culturais de diversas cidades do RS e, no período da Bienal, em exposição coletiva no Armazém A7 do Cais do Porto, em Porto Alegre.
Casa M – espaço dedicado à promoção, ao desenvolvimento e ao intercâmbio artístico, localizado no centro de Porto Alegre, e que traz uma intensa programação cultural. Em funcionamento desde de Maio.
Cidade Não Vista – obras de arte em nove locais do centro de Porto Alegre, que destacam estes lugares e privilegiam a experiência e o sensorial.
Continentes – sete espaços independentes internacionais realizam atividades em caráter de residências artísticas em três espaços independentes do Rio Grande do Sul, nas cidades de Porto Alegre, Caxias do Sul e Santa Maria. Este projeto tem como objetivo a troca de experiência e a formação de redes de intercâmbio.
Geopoéticas – exposição nos Armazéns A4, A5 e A6 do Cais do Porto, em Porto Alegre , com obras e artistas que põem em cheque a noção de nacionalidade. Mostrará diversas formas de medir e representar o mundo. Algumas micronações - pequenas nações com ou sem território – também farão parte desta exposição como zonas de autonomia poética – ZAPs.
Além Fronteiras – uma visão crítica da paisagem do Rio Grande do Sul mostrada através de obras inéditas de nove artistas e peças de acervos de museus do Estado. Estará em cartaz no no MARGS – Museu de Arte do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre.
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