Mostrando postagens com marcador cinema. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador cinema. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 5 de agosto de 2008

CCBB Rio promove mostra com obras de cineastas compositores

MOSTRA LUZ, CÂMERA, MÚSICA!: CINEASTAS COMPOSITORES
CCBB Rio promove mostra com obras de cineastas compositores


O Centro Cultural Banco do Brasil apresenta a primeira edição da MOSTRA LUZ, CÂMERA, MÚSICA!: CINEASTAS COMPOSITORES, de 5 a 17 de agosto de 2008, no Rio de Janeiro. O evento reúne 14 filmes de diretores que compõem suas próprias trilhas sonoras. A Mostra passeia por diferentes estilos cinematográficos e musicais, do drama ao suspense, do punk à música clássica.

Serão exibidas obras de sete cineastas de diferentes nacionalidades: o bósnio Emir Kusturica, vencedor de duas Palmas de Ouro em Cannes por "A Vida é um milagre" e "Underground - Mentiras de Guerra"; Hal Hartley, ganhador do prêmio de Melhor Roteiro do Festival de Cannes por "Simples Desejo"; o espanhol Alejandro Amenábar, vencedor do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro por "Mar Adentro"; o alemão Tom Tykwer, diretor de "Corra, Lola, Corra"; o inglês Mike Figgis, do premiado "Despedida em Las Vegas"; o argelino Tony Gatlif, ganhador da Palma de Ouro de Melhor Diretor por "Exílios"; e o brasileiro Carlos Reichenbach, diretor de filmes como "Garotas do ABC".

Alguns desses cineastas mantêm forte relação com o meio musical. Emir Kusturica é guitarrista da banda cigano-punk The No Smoking Orchestra. Seu som inspirou a trilha de "A Vida é um milagre" e levou Emir a realizar um documentário sobre o grupo, chamado "Memórias em Super 8", ambos presentes na Mostra; Alejandro Amenábar é compositor de trilhas orquestrais dramáticas e de suspense, tanto em seus filmes quanto em obras de outros diretores. Serão exibidos seu longa de estréia "Morte ao Vivo" e o mais recente "Mar Adentro"; Mike Figgs já integrou a banda de R&B "The Gas Board" e compôs a trilha de quase todos os seus filmes, que são geralmente embalados por jazz e blues, como "Justiça Cega" e "Timecode", incluídos na Mostra.

Há diretores no projeto que assumem outras funções, além de direção e trilha sonora. É o caso de Tom Tykwer, que elabora seu filme em três momentos distintos: roteiro, direção e música. "Inverno Quente" e "Perfume", que fazem parte da Mostra, são exemplos dessa tripla atividade criativa. Já o brasileiro Carlos Reichenbach, também fotografa e assina os roteiros de suas obras, como "Extremos do prazer" e "Alma Corsária", que poderão ser vistos no CCBB.

No cinema de Tony Gatlif é a música cigana que ganha destaque. Tony ganhou dois prêmios Cesar de melhor trilha sonora, com os filmes presentes na Mostra: "Estrangeiro Louco" e "Vengo". Já Hal Hartley é adepto da música minimalista. No início de sua carreira usava o pseudônimo Ned Rifle para assinar a trilha sonora, e os filmes selecionados para este projeto são representantes desse período: "Simples Desejo" e "Flerte".

O curador da mostra Fábio Yamaji é professor de Linguagem Experimental de Animação no curso de pós-graduação em Cinema, Vídeo e Fotografia; Stop Motion, na graduação da Universidade Anhembi-Morumbi e animação, no IED – Instituto Europeo di Design, em São Paulo. Como diretor, já assinou mais de 20 curtas-metragens. Teve diversos trabalhos premiados como o curta ORIGANIMA, de 2007, que foi escolhido Melhor Filme na Competição do 15º Festival Internacional de Animação ANIMA MUNDI, e também foi indicado ao prêmio World Short Film Award 2008.


FILMES DA PROGRAMAÇÃO


Alejandro Amenábar:
Morte Ao Vivo (Tesis, Espanha, 1996) 125 min
Mar Adentro (Mar Adentro, Espanha/França/Itália , 2004) 125 min

Carlos Reichenbach:
Extremos do Prazer (Extremos do Prazer, Brasil, 1984) 92 min
Alma Corsária (Alma Corsária, Brasil, 1993) 112 min

Emir Kusturica:
Memórias Em Super-8 (Super-8 Stories, Alemanha / Itália, 2001) 90 min
A Vida é um Milagre (Zivot je Cudo, Sérvia & Montenegro / França, 2004) 155 min

Hal Hartley:
Simples Desejo (Henry Fool, EUA, 1997) 137 min
Flerte (Flirt, EUA / Alemanha / Japão, 1995) 85 min

Mike Figgis:
Justiça Cega (Internal Affairs, EUA, 1990) 115 min
Timecode (Timecode, EUA, 2000) 97 min

Tom Tykwer:
Inverno Quente (Winterschläfer, Alemanha, 1997) 122 min
Perfume (Perfume: The Story of a Murderer, Alemanha/ França/ Espanha, 2006) 147 min

Tony Gatlif:
O Estrangeiro Louco (Gadjo Dilo, Romênia / França, 1997) 102 min
Vengo (Vengo, França / Espanha / Alemanha / Japão, 2000) 90 min
MOSTRA LUZ, CÂMERA, MÚSICA!: CINEASTAS COMPOSITORES

Local: Cinema do Centro Cultural Banco do Rio de Janeiro
Endereço: Rua Primeiro de Março, 66 - Centro
Data: 5 a 17 de agosto de 2008
Ingressos: R$ 6,00 (inteira) e R$ 3,00 (meia, válida para estudantes, professores, correntistas do Banco do Brasil, maiores de 65 anos)

quarta-feira, 9 de julho de 2008

"VINGANÇA", UM DOS FINALISTAS NO 36. FESTIVAL DE GRAMADO

O filme "Vingança" está concorrendo com outras cinco produções brasileiras na categoria de melhor longa-metragem nacional no 36. Festival de Gramado que acontece de 10 a 16 de agosto de 2008.

A história tem início com o drama vivido por uma jovem numa pequena cidade do interior do Rio Grande do Sul. Segredos e verdades vêm à tona e uma tragédia parece inevitável.

No elenco Eron Cordeiro, Bárbara Borges, Márcio Kieling, Guta Stresser e Jose de Abreu.

NAIR LÚCIA DE BRITTO

segunda-feira, 7 de julho de 2008

1968: Cenas da Rebeldia




O renomado cineasta carioca Sílvio Tendler será a figura central de debate sobre o tema “1968: Cenas da Rebeldia”, dentro do programa Papo XXI, a realizar-se na próxima terça-feira, 8, às 19 horas, no cineteatro do Centro Cultural Banco do Nordeste-Fortaleza (rua Floriano Peixoto, 941 – 2º andar – Centro – fone: (85) 3464.3108). A entrada é franca.

Nesta edição do Papo XXI, Sílvio Tendler rebobina o filme da memória para ressaltar o comportamento libertário e criativo da Geração 68 no Brasil, que se traduziu na produção de canções, festivais, peças teatrais, exposições e filmes antológicos, além do papel de resistência à ditadura militar, exercida nas ruas pelos movimentos estudantis e as manifestações populares.

Conhecido como o “cineasta dos vencidos” ou o “cineasta dos sonhos interrompidos”, por abordar em seus filmes personalidades como Jango, JK e Carlos Marighella, entre outros, Sílvio é, antes de tudo, um humanista, que já produziu cerca de 40 filmes, entre curtas, médias e longas-metragens.



Memória e reflexão

Seus filmes são resgates da memória brasileira e inspiram seus espectadores à reflexão sobre os rumos do Brasil, da América Latina e do mundo em desenvolvimento. Tendler é detentor das três maiores bilheterias de documentários na história do cinema brasileiro: “O mundo mágico dos Trapalhões” (1,8 milhão de espectadores), “Jango” (um milhão de espectadores) e “Anos JK” (800 mil espectadores).

Nascido no Rio de Janeiro em 1950, Sílvio Tendler é licenciado em História pela Universidade de Paris, e mestre em Cinema e História pela École des Hautes-Études/Sorbonne. Fez especialização em Cinema Documental Aplicado às Ciências Sociais no Musée Guimet/Sorbonne.

É membro-fundador da Fundação Novo Cine Latino-Americano e do Comitê de Cineastas da América Latina, e a seguir presidente da Federação de Cineclubes do Rio de Janeiro e da Associação Brasileira de Cineastas, tornando-se, em 1979, professor do Departamento de Comunicação Social da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ).



Documentando a História do Brasil

Em 1988, dirigiu a Fundação Rio (RIO ARTE), e, posteriormente, em 1993, o Centro Cultural Oduvaldo Vianna Filho (Castelinho do Flamengo), instituições vinculadas à Secretaria Municipal de Cultura e à Prefeitura da Cidade do Rio. Dirigiu a TV Brasília, do Grupo Correio Brasiliense, em 1995, e no ano seguinte, em 1996, foi secretário de Cultura e Esporte do governo Cristovam Buarque, no Distrito Federal. Em 1997, assumiu a Coordenação de Audiovisual para o Brasil e o Mercosul da Unesco, organismo vinculado às Nações Unidas voltado para a Educação e Cultura, onde permanece como consultor nesta área.

Silvio Tendler tem vasta experiência em documentar nossa história e nossos personagens. Produziu uma série de documentários que conquistaram inúmeros prêmios e fizeram dele uma referência nacional no gênero. Seus filmes ganharam diversos prêmios em festivais brasileiros como os de Brasília, Gramado e Rio de Janeiro, além de prêmios de instituições como o troféu Margarida de Prata, da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

Entrou na seleção oficial do Festival de Cannes com o filme “Glauber O Filme, Labirinto do Brasil” e participou de diversas mostras e festivais internacionais (Europa, América Latina, Estados Unidos e Canadá), mostrando nosso cinema e nossa cultura no Brasil e no mundo. Parte das pesquisas de seus filmes tem origem no volumoso acervo particular de imagens, com cerca de cinco mil títulos sobre a História do Brasil dos últimos 30 anos, sendo, possivelmente, o maior do gênero existente no Brasil.



Debatedoras

Ruth Cavalcante e Mônica Dias Martins atuarão como debatedoras do tema “1968: Cenas da Rebeldia”, apresentado por Sílvio Tendler. Ruth Cavalcante, considerada a musa do movimento estudantil do Ceará em 1968 (tanto pela beleza como pelo espírito libertário), é psicopedagoga pela Escola de Pedagogia Social de Colônia (Alemanha), precursora e especialista em Educação Biocêntrica, didata de Biodança, fundadora e diretora pedagógica do Centro de Desenvolvimento Humano (CDH) e consultora na área de Processos Humanos em escolas, organizações e instituições governamentais.

Mônica Dias Martins, doutora em Sociologia pela Universidade Federal do Ceará (UFC), é professora de Ciência Política da Universidade Estadual do Ceará (UECE), líder do grupo de pesquisa “Observatório das Nacionalidades”, editora da revista “Tensões Mundiais” e autora de artigos sobre os movimentos sociais, publicados nos Estados Unidos, México e Brasil.



Exibição de documentários aos sábados

Também no cineteatro do CCBNB-Fortaleza, o programa Arte e História em Documento traz a mostra “Sílvio Tendler”, exibindo, aos sábados de julho (dias 5, 12, 19 e 26), sempre às 10h15, uma seleção de quatro documentários dirigidos pelo cineasta carioca, cujos filmes são resgates da memória brasileira e inspiram seus espectadores à reflexão sobre os rumos do Brasil, da América Latina e do mundo em desenvolvimento.

Conheça a seguir a programação da mostra:



MOSTRA “SÍLVIO TENDLER”, NO PROGRAMA ARTE E HISTÓRIA EM DOCUMENTO (EXIBIÇÃO DE DOCUMENTÁRIOS) – DIAS 5, 12, 19 E 26 (AOS SÁBADOS), SEMPRE ÀS 10H15



Os Anos JK: Uma Trajetória Política

Dia 05, sáb, 10h15

O filme aborda a História do Brasil: a eleição de JK, o nascimento de Brasília, o sucessor Jânio Quadros que renuncia, a crise política, o golpe militar e a cassação dos direitos políticos de Juscelino. O foco é a trajetória política de Juscelino Kubitschek, o “presidente bossa nova”, popular entre os artistas, que propunha aceleração no desenvolvimento do País rumo à modernidade e a ocupação de um lugar entre as potências mundiais. O filme é referência para estudantes e pesquisadores. Foi visto por 800 mil pessoas e ganhou vários prêmios. Direção de Sílvio Tendler. 110min.



Jango: Como, Quando e Porque se Depõe um Presidente da República

Dia 12, sáb, 10h15

Em 1984, a Campanha das “Diretas Já” mobilizou o Brasil: o povo, personalidades artísticas e políticas em todo o País exigiam democracia. Nessa época, duas obras expressam os anseios do povo brasileiro: o filme “Jango”, de Sílvio Tendler, e uma das músicas de sua trilha sonora, “Coração de Estudante”, de Wagner Tiso e Milton Nascimento, que se tornou o hino das “Diretas Já”. “Jango”, narrado por José Wilker, foca a trajetória de João Goulart que, deposto pelo Golpe de 1964, se tornou o único presidente brasileiro morto no exílio. O filme, visto por um milhão de pessoas, ganhou vários prêmios e está entre os documentários mais importantes do Brasil. Direção de Sílvio Tendler. 117min.



Memória do Movimento Estudantil
Dia 19, sáb, 10h15

A integridade de uma nação está intimamente ligada à preservação da sua história, de sua trajetória política e cultural. Para que o hoje seja inteiro, é preciso que o ontem faça sentido. Por isso foi criado, em 2004, o projeto Memória do Movimento Estudantil, uma realização da Petrobras, em parceria com a Fundação Roberto Marinho, a União Nacional dos Estudantes – UNE, o Museu da República e a TV Globo, que tem como objetivo recuperar e divulgar a história da militância dos estudantes no Brasil. Este DVD é composto por dois documentários dirigidos por Sílvio Tendler: “Ou ficar a pátria livre ou morrer pelo Brasil” e “O afeto que se encerra em nosso peito juvenil”, com 50 minutos de duração, exibidos no cinema, e na TV, no Canal Futura. Direção de Sílvio Tendler. 103min.



Glauber o Filme, Labirinto do Brasil

Dia 26, sáb, 10h15

No dia 22 de agosto de 1981 morreu, aos 42 anos, Glauber Rocha, o artista que deu identidade ao cinema brasileiro. Baiano, cineasta, crítico de cinema, jornalista, pensador de cabeça efervescente, provocador e polemista, seu velório – no histórico Parque Lage, no Rio de Janeiro, reúne, na dor da perda, a inteligência brasileira. “Glauber o Filme, Labirinto do Brasil” é um documentário sobre a vida e a morte de Glauber, um dos brasileiros que mais pensou e amou o Brasil. O velório, filmado em 1981, o enterro, a dor; unidos a depoimentos de quem acompanhou, viveu, admirou, foi amigo e lutou junto com esse mito do cinema nacional, conta mais uma página da história do cineasta, uma história que permaneceu na gaveta durante dezoito anos e que agora ressurge como uma homenagem a este artista revolucionário e solitário. Direção de Sílvio Tendler. 98min.
https://www.amazon.com.br/b/ref=as_li_ss_tl?ie=UTF8&node=17168019011&linkCode=ll2&tag=A19CP32JCSRLOQ&linkId=01fc9732c02565116e2c98be2526c454