Livro é dividido em duas partes, com trabalhos que dialogam pelos antagonismos: as imagens de Monica, feitas com pinhole, compõe a metade Preto, enquanto Claudia utiliza espaços vazios em Branco
A partir de 13 de março, na Galeria Tempo, as artistas visuais cariocas Monica Mansur e Claudia Tavares apresentam as 12 séries de trabalhos fotográficos que integram o livro Preto Branco, da Binóculo Editora, que será lançado na ocasião.
No ano passado, quando iniciaram o projeto de Preto Branco, As artistas perceberam que seus trabalhos eram distintos, porém poderiam dialogar pelos antagonismos, como sugere o título do texto de apresentação, assinado pela curadora e crítica de arte Luiza Interlenghi, "Veladuras e revelações".
As imagens de Monica Mansur compõem a metade Preto do livro. São fotografias relacionadas à ausência, à sombra, ao esquecimento, à solidão. Há elementos como o céu sombrio e escurecido pela tormenta, estátuas que substituem o ser vivo, a sujeira bloqueando a visão. "Escolho a técnica do pinhole para fotografar, capturando as imagens com câmeras de orifício, sem lentes, porque, necessitando de mais tempo de exposição, só o que está quase imóvel aparece. Ou seja, não capturo imagens onde há muito movimento e vida", explica Monica. As fotografias em pinhole foram feitas em filme negativo 120mm, negativo papel e em filme negativo 35mm dentro de bobina-embalagem de filme. Poucas imagens foram clicadas com câmera digital.
Em Branco, Claudia Tavares reúne imagens que sugerem leveza e silêncio, que têm como característica o espaço vazio. "O branco, para mim, traz a possibilidade de amplitude, um campo extenso onde é possível conter todas as cores", diz a artista. Entre as imagens que se destacam na produção da artista estão as da série "Manta Branca", que retratam o prédio do Hospital Universitário do Fundão (HU/UFRJ), em 2010/2011, logo antes e logo após ter sido demolido. A linguagem documental do fotojornalismo sucumbe à poética quando a rede de proteção se transforma em manta, em véu, graças ao olhar da artista.
Sobre a Galeria Tempo - A Galeria Tempo foi inaugurada em março de 2006 e dedica-se exclusivamente à fotografia e à vídeoarte. As sócias, Carolina Dias Leite e Márcia Mello vêm criando um acervo que inclui fotografias modernas e contemporâneas. Além de artistas já consagrados, a Galeria Tempo também representa novos talentos. O espaço é um local de exposição e, ainda, presta serviços de curadoria, restauração e conservação de fotografia.
Sobre a Galeria Tempo - A Galeria Tempo foi inaugurada em março de 2006 e dedica-se exclusivamente à fotografia e à vídeoarte. As sócias, Carolina Dias Leite e Márcia Mello vêm criando um acervo que inclui fotografias modernas e contemporâneas. Além de artistas já consagrados, a Galeria Tempo também representa novos talentos. O espaço é um local de exposição e, ainda, presta serviços de curadoria, restauração e conservação de fotografia.
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