terça-feira, 10 de junho de 2014
Sibite trará ao Brasil o Non-Violence Project para combater a violência urbana
Idealizada por Yoko Ono, viúva de John Lennon, a Non-Violence Project Foundation (NVP) trará ao Rio de Janeiro um dos símbolos mais emblemáticos do ativismo pela paz no mundo: a arma atada. O ícone – criado pelo artista plástico Carl Fredrik Reuterswärd, no final dos anos 1980 – será parte de uma exposição em prol de uma cultura pela paz que contará com obras produzidas por artistas plásticos nacionais, instaladas em pontos estratégicos da cidade.
- O projeto está sendo financiado via captação feita pelo Sibite, plataforma pioneira no Brasil em crossfunding, modelo de investimento que une aportes de pessoa física, jurídica e do Estado (via incentivo fiscal). O projeto – o maior do país nesse modelo de financiamento – contará com um workshop “Escola pela Paz”, um dos programas educacionais mais bem sucedidos da Fundação NVP.
São Paulo, 9 de junho de 2014 – Às vésperas da Copa do Mundo, momento em que a atenção internacional se volta para o Brasil, iniciativas que promovam o engajamento pela paz são mais que necessárias e bem-vindas. Segundo o Relatório Global sobre Homicídios 2013, divulgado em abril deste ano pela Organização das Nações Unidas (ONU), foram registrados 50.108 homicídios no Brasil em 2012, número equivalente a pouco mais dos 10% dos assassinatos cometidos em todo o mundo, no total de 437 mil, o que revela um longo caminho a percorrer em prol da paz no país. Nesse cenário, os empresários Bruno Beauchamps e Felipe Gini estão atuando para viabilizar o Non-Violence Project, um dos projetos mundiais mais emblemáticos do ativismo pela paz. Disseminado por Yoko Ono, viúva de John Lennon, o projeto contará com uma exposição e o workshop Escola pela Paz no Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro.
O abuso de álcool e outras drogas, e a disponibilidade de armas de fogo, são apontadas no estudo da ONU como determinantes nos padrões e prevalência da violência letal. Para colaborar com a maior conscientização pela paz, o Sibite, plataforma nacional de financiamento e fomento de projetos culturais, pioneira no país no modelo crossfunding, encarou o desafio de trazer para o Brasil o Non-Violence Project. Com um custo total de meio milhão, a ação será uma das maiores a serem viabilizadas com financiamento coletivo. Na prática, o investimento varia de singelos R$ 20 até substanciais R$ 150 mil. São aceitos investimentos de pessoas físicas, jurídicas e do Estado, que colabora via leis de incentivo fiscal.
Segundo Bruno Beauchamps, sócio-diretor do Sibite, o Non-Violence Project contará com uma exposição inédita que, além da obra de Carl Fredrik Reuterswärd, é composta por peças produzidas por artistas plásticos nacionais de renome. As obras serão instaladas em pontos estratégicos da cidade, nos quais a população poderá fotografar e compartilhar as imagens das armas atadas. “Essa exposição certamente contribuirá para o aumento da discussão sobre a violência provocada pelas armas de fogo no Rio de Janeiro e em todo o Brasil”, analisa Beauchamps.
O empresário cita os dados do Instituto de Segurança Pública do Rio de Janeiro que mostram que nos primeiros 10 meses de 2013, o número de baleados atendidos em hospitais públicos cresceu 27% em relação ao mesmo período de 2012. “Em 2013, mais de 3,5 mil pessoas foram assassinadas no Rio de Janeiro e grande parte dessas mortes está relacionada a armas de fogo”, salienta.
Sobre a parceria com a Non-Violence Project Foundation, Felipe Gini detalha que além da exposição, uma parte importante da ação será o workshop Escola pela Paz – iniciativa que constitui um dos programas educacionais mais bem-sucedidos da organização. “A proposta é oferecer treinamentos gratuitos no método Non-Violence a educadores de 10 escolas, sobretudo de uma das regiões que mais sofreu com a escalada da violência, o Complexo do Alemão”, afirma. O empreendedor conta que, nos Estados Unidos, a iniciativa da exposição e do projeto Educação pela Paz – que gerou um amplo debate em torno da cultura da paz – reduziu em 25% os episódios de violência em Miami; as taxas de suspensão de alunos em escolas, por atos violentos, teve redução de 50%. Na Suécia, os números caíram 71%.
Bruno Beauchamps e Felipe Gini são categóricos em afirmar que o custo para trazer a iniciativa para o Brasil é um desafio à altura do Sibite. Em cinco anos de atuação, a plataforma já captou R$ 2.280.023,07 para 87 projetos e conquistou a confiança de 12 mil investidores. “Sabemos que estamos diante da maior iniciativa de financiamento coletivo, mas acreditamos que é possível justamente pelo modelo diferenciado que utilizamos, o crossfunding”, afirma Gini.
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