terça-feira, 28 de outubro de 2014

Mostra Documento chega ao CineSESC em novembro

Documentários nacionais e estrangeiros compõem a mostra que começa em 5 de novembro. De 5 a 12 de novembro, o CineSESC recebe a Mostra Documento. Nesta primeira edição do evento, o foco é a relação entre documentário e ficção. Serão exibidos 10 filmes que ultrapassam e invadem as fronteiras de gênero no cinema, questionando sua estrutura narrativa e a hibridização de linguagens. O documentário de abertura, em 5 de novembro, será Brasil S/A, do diretor Marcelo Pedroso. As sessões das 19h estão reservadas para nove documentários realizados nos Ateliers Varan – Centre de Formation du Cinéma Documentaire (Paris, França), inéditos no Brasil. Mostra Documento À Queima Roupa Dir.: Theresa Jessouroun Brasil, 2014, 90 min, 14 anos Documentário investigativo sobre a violência e a corrupção da polícia do Rio de Janeiro nos últimos 20 anos. Apresenta os fatos mais emblemáticos deste período do ponto de vista dos familiares, testemunhas, sobreviventes e demais envolvidos diretamente nos casos, como advogados, promotores e juízes. O filme parte da Chacina de Vigário Geral, em 1993, culminando com execuções cometidas em nome da lei, em 2012 e 2013. Os fatos são apresentados através de entrevistas, imagens de arquivo e cenas ficcionais que reconstroem a memória dos sobreviventes das chacinas. § Melhor Documentário e Melhor Direção de Documentário no Festival do Rio, 2014. Sessões: 6/11, 21h*; 9/11, 15h e 12/11, 17h. A Selva Interior (La Jungla Interior) Dir.: Juan Barrero Espanha, 2013, 75 min, 14 anos Antes de embarcar numa viagem científica ao Pacífico, Juan convida sua namorada, Gala, a visitar a cidade onde passou a maior parte de sua infância. Durante essa visita, o casal faz planos para o futuro e profundas diferenças aparecem. Cinco meses depois, quando Juan volta da selva, ele descobre que sua vida mudará para sempre. Sessões: 6/11, 17h e 9/11, 21h30. A Vizinhança do Tigre Dir.: Affonso Uchoa Brasil, 2014, 95 min, 14 anos. Juninho, Menor, Neguinho, Adilson e Eldo são jovens moradores do bairro Nacional, periferia de Contagem. Divididos entre o trabalho e a diversão, o crime e a esperança, cada um deles terá de encontrar modos de superar as dificuldades e domar o tigre que carregam dentro das veias. § Melhor Filme – Júri Oficial e Júri da Crítica – na 17ª Mostra de Cinema de Tiradentes. § Melhor Filme no Olhar de Cinema, Festival Internacional de Curitiba, 2014. Sessões: 9/11, 17h e 12/11, 15h. Brasil S/A Dir.: Marcelo Pedroso Brasil, 2014, 72 min, 14 anos. No Brasil dos últimos 500 anos, Edilson esteve cortando cana-de-açúcar. Um dia, as máquinas chegaram e ele deixou o corte para se engajar em sua primeira missão espacial. Um pequeno passo para ele, um salto enorme para o Brasil. § Melhor Direção, Roteiro, Trilha Sonora e Som no Festival de Brasília, 2014. Sessões: 5/11, 21h; 8/11, 21h* e 10/11, 17h*. Não Me Deixe (Ne me quittes pas) Dir.: Sabine Lubbe Bakker e Niels van Koevorden Holanda/ Bélgica, 2013, 107 min, 14 anos. ‘Ne me quitte pas’ é uma ode tragicômica ao fracasso. Filmado na fronteira da Bélgica, Bob (Flamengo) e Marcel (Valão) dividem sua solidão, senso de humor e loucura pelo álcool. Concordaram que o suicídio é a melhor saída se as coisas forem de mal a pior. Sendo assim, escolheram o melhor lugar para realizar tal desfecho: sob a árvore da vida de Bob. § Melhor montagem - Festival de Tribeca. Sessões: 6/11, 15h e 8/11, 17h. Navajazo Dir.: Ricardo Silva México, 2014, 75 min, 14 anos. O apocalipse como sempre o imaginamos, é apresentado através de retratos de personagens em suas tentativas de sobrevivência em ambientes hostis. Tudo o que têm em comum é um ao outro e o que possuem em comum é a vontade de continuar vivendo, não importando a qual custo. § Leopardo de Ouro de Melhor Filme - Mostra Cineastas do Presente, no Festival de Locarno, 2014. Sessões: 10/11, 21h e 11/11, 15h. O Ato de Matar (The Act of Killing) Dir.: Joshua Oppenheimer Dinamarca / Noruega / Reino Unido, 2012, 166 min, 14 anos. Na Indonésia, o golpe militar de 1965 levou um exército paramilitar a ser promovido a um autêntico esquadrão da morte. Em menos de um ano, mais de um milhão de pessoas foram executadas. Décadas depois, alguns membros desses esquadrões vivem como heróis e desejam contar orgulhosamente sua própria versão da história. Eles concordam não apenas em narrar seus assassinatos brutais, mas em reencená-los diante das câmeras, inspirados pelos filmes americanos que tanto adoram. Com produção executiva de Werner Herzog e Errol Morris, o filme levou dez anos para ser concluído. § Premiado em importantes Festivais como Berlim, CPH:DOX, BAFTA, Indie Lisboa e Documenta Madrid, 2013. Sessões: 7/11, 21h* / 10/11, 14h. O Criador da Selva (Sobre la Marxa) Dir.: Jordi Morató Espanha, 2014, 74 min, 14 anos. Um homem que criou uma selva próxima à rodovia, construindo com suas próprias mãos obras belíssimas e inacreditáveis de engenharia na floresta. Essa é ainda a história de como ele acabou queimando-as até as cinzas para reconstruí-las, vez após vez, década após década. Ele é conhecido como “Garrell”, ou ainda como “Tarzan de Argelaguer” e não parece ser movido por nenhum propósito aparente, exceto um: manter-se em movimento. Sessões: 8/11, 15h e 11/11, 17h. Sagrado Rodoanel (Sacro Gra) Dir.: Gianfranco Rosi Itália/França, 2013, 83 min, 14 anos. A bordo de uma mini-van, o diretor italiano Gianfranco Rosi partiu em busca de histórias e personagens que vivem à margem de um grande anel rodoviário que contorna a cidade de Roma. Deste mundo invisível, escondido atrás de uma quase infinita parede antirruído, emergem personagens como um nobre piemontês ou um botânico que luta para salvar suas palmeiras. Uma coleção de histórias sobre os bastidores de um universo em expansão. § *Grande vencedor do Festival de Veneza 2013, o filme é o primeiro documentário da história a receber o Leão de Ouro. Sessões: 7/11, 17h e 12/11, 21h*. Serras da Desordem Dir.: Andrea Tonacci Brasil, 2006, 135 min, 14 anos. Carapirú é um índio nômade que após escapar do massacre de seu grupo familiar em 1977 perambula sozinho pelas serras do Brasil central até ser capturado 10 anos depois a 2000 Km de distância de seu ponto de partida. Levado para Brasília pelo sertanista Sydney Possuelo torna-se manchete nacional e centro de polêmica criada por antropólogos e lingüistas quanto à sua origem e identidade. § Melhor Filme Brasileiro, Direção e Fotografia no Festival de Gramado de 2006. Sessões: 7/11, 14h30 e 11/11, 21h*. Mostra Varan O Impenetrável (El Imoenetrable) Dir.: Daniele Incalcaterra e Fausta Quattrini Argentina/França, 2012, 95 min, Livre. Daniele Incalcaterra herda 5 mil hectares no Chaco paraguaio - a última terra virgem, em que se espera escrever outra história, e ao mesmo tempo o lugar que pressentimos trágico, onde arriscamos viver um western clássico desembocando na conquista do Oeste: natureza selvagem a dominar, terra a colonizar, riquezas a explorar, índios a exterminar. Daniele decide devolver a terra aos índios que sempre viveram no território. Seus vizinhos – companhias petrolíferas, cultivadores de soja e criadores de gado – que desbravam a floresta, não parecem favoráveis... ‘O Impenetrável’ é um western contemporâneo, com protagonistas bem reais. § Seleção oficial Festival de Veneza, 2012. § Prêmio Melhor Filme do público e Prêmio SIGNIS do Festival de Mar del Plata, 2012. § Prêmio de melhor documentário do Festival Biarritz América Latina, 2012. § Segundo Prêmio Festival Filmmaker Milan, 2012. § Prêmio do juri do Festival do Cine Espanhol de Málaga, 2013. § Primeiro Prêmio do Sicilia Ambiente Festival, 2013. § Grande Prêmio Traces de Vies Clermond Ferrand, 2013. Sessões: 6/11, 19h* e 12/11, 19h. Bem-vindo à Colômbia (Bienvenue en Colombie) Dir.: Catalina Villar França/Colômbia, 2002, 65 min, Livre. A Colômbia é palco de uma das guerras mais terríveis da atualidade. 35 mil assassinatos por ano, 70 mil minas disseminadas pelo país, uma remoção a cada 10 minutos, “uma série de números assustadores que parecem neutralizar-se uns aos outros”, diz a narradora do filme. Catalina Villar é o personagem condutor dessa viagem que, no caminho inverso ao das estatísticas, nos leva a percorrer ao seu lado as ruas do país, durante um período eleitoral. § Seleção Festival Visions du Réel, Nyon, 2003. § Seleção Festival International des Programmes Audiovisuels de Biarritz, 2003. § Seleção Festival FILMAR en América Latina, Geneve, 2003. § Seleção Festival Cinelatino – Rencontres de Toulouse, 2003. Sessão: 7/11, 19h. Em Nossas Mãos (Entre Nos Mains) Dir.: Mariana Otero França, 2010, 88 min, Livre. Confrontados à falência da empresa de lingerie onde trabalham, os funcionários, majoritariamente mulheres, tentam recuperá-la sob a forma de cooperativa. À medida que o projeto ganha corpo, eles se chocam com o patrão e a realidade do mercado. A empresa torna-se então um pequeno teatro onde se encenam, em meio às peças íntimas, questões econômicas e sociais fundamentais. Os funcionários descobrem nessa aventura coletiva uma nova liberdade. § Indicado para o César 2011 na categoria melhor documentário. § Selecionado em: Acid Festival de Cannes, Festival de Lussas, La Rochelle, Festival de Tübingen, Doc Lisboa. Sessão: 8/11, 19h. A Comissão da Verdade (La Commission de la Vérité) Dir.: André Van In França/Bélgica, 1999, 138 min, Livre. Nelson Mandela, em 1995, instaura a “Comissão para a Verdade e a Reconciliação” na África do Sul, composta por 17 membros e presidida por Desmond Tutu. Por mais de um ano, vítimas, algozes, e testemunhas do Apartheid serão convidados a contar a verdade sobre o passado. Os realizadores foram autorizados a seguir em toda a sua duração esse processo que deveria permitir refundar a nação. § Prêmio Louis-Marcorelles e Prêmio das bibliotecas do Cinéma du Réel, 1999. § Prêmio de melhor documentário no Festival du Film de Bombay, 2002. Sessão: 9/11, 19h. Atelier Vietnã A Quem Pertence a Terra? (Dat Dai Thuoc Ve Ai?) Dir.: Doàn Hông Lê França/Vietnã, 2009, 54 min, Livre. O filme se passa na região agrícola de Quang Nam, a alguns quilômetros da cidade de Da Nang, base portuária americana durante a guerra do Vietnã, onde aconteceram combates dentre os mais sangrentos. Hoje, o Estado decide ceder as terras de arrozais a concessionárias estrangeiras para a instalação de um campo de golfe. Os habitantes resistem a esse projeto de expropriação. § Seleção Festival Traces de Vies Clermond Ferrand, 2010. Sonhos de Operárias (Giac Mo La Cong Nhan) Dir.: Thao Tran Phuong França/Vietnã, 2006, 53 min, Livre. Hanoï, zona industrial japonesa: as jovens que deixaram suas cidades no interior lutam para escapar às agências de trabalho e aos contratos precários a que conduzem a globalização do país. Tornar-se uma “verdadeira” operária é um sonho, e deveria trazer orgulho e segurança. § Prêmio Bolsa Pierre e Yolande Perrault do Festival du Réel, 2007. § Seleção Encontros internacionais do filme documentário, Montréal, 2007. § Seleção Festival Internacional do filme de mulheres, Dortmund, Alemanha, 2007. Duração do atelier: 2004 – 2014, sob direção de André Van In. Sessão: 10/11, 19h. Atelier Afeganistão Minha Cabul (Kabul-E-Man) Dir: Wahid Nazir França / Afeganistão, 2006, 22min, Livre. Jamal é motorista de táxi coletivo. Com seus passageiros, ele fala da guerra civil presente na memória de todos e encontra seus traços nas ruas da cidade. § Menção Especial Festival Internacional do Curta-metragem de Evora, 2007. § Prêmio de melhor montagem em documentário do Festival de Kaboul. Check Point Dir.: Hamed Alizadeh França / Afeganistão, 2011, 28 min, Livre. Em um dos numerosos check points da cidade, os policiais fazem rondas, expostos a todos os perigos, longe de suas casas, abrigados em conteiners onde partilham suas magras refeições e tentam dormir algumas horas. § Seleção Festival dos 3 Continentes, 2011. § Seleção Festival Visions du Réel - Competição Internacional, 2012. § Seleção Autumn Human Rights Film Festival, 2011. § Seleção Festival Indo Persan, 2012. Pequeno Afeganistão (Afghanistan-E-Kochak) Dir.: Basir Seerat França / Afeganistão, 2011, 30 min, Livre. Longa rua de um bairro popular, onde antigas charretes-táxi disputam a passagem com os automóveis. Conflitos incessantes se opõem entre o mundo moderno e o antigo. § Seleção Festival dos 3 Continentes, 2011. § Seleção Festival DokumentART, 2012. § Seleção Festival Indo Persan, 2012. Duração do ateliê: 2006-2011, sob direção de Séverin Blanchet (2006 a 2009), Aurélie Ricard e Marie-Claude Treilhou (2010 a 2011). Sessão: 11/11, 19h. * As sessões marcadas com asterisco serão seguidas por um debate sobre o filme. Ingressos: R$ 12. (R$ 3,50 para trabalhador do comércio de bens, serviços e turismo credenciado no Sesc e dependentes; R$ 6 para aposentado, pessoa com mais de 60 anos, pessoa com deficiência, estudante e professor da rede pública com comprovante.)

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