segunda-feira, 4 de abril de 2016

UFSCar veicula programa especial sobre doenças relacionadas ao Aedes aegypti


Programa Sapiência vai ao ar no dia 6 de abril, às 11 horas, pela Rádio UFSCar, e aborda sintomas, tratamento e controle epidemiológico das doenças

No dia 6 de abril, o Programa Sapiência, uma parceria entre a Rádio UFSCar e a Coordenadoria de Comunicação Social (CCS) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), veicula uma edição especial sobre o mosquito Aedes aegypti e às doenças a ele associadas – dengue, chikungunya, zika e febre amarela. Em entrevista às jornalistas Gisele Bicaletto e Adriana Arruda, da CCS, os professores da UFSCar Bernardino Alves Souto, do Departamento de Medicina (DMed) da UFSCar, e Larissa Riani, do Departamento de Fisioterapia (DFisio) também da Universidade, falam sobre ações efetivas de combate ao Aedes aegypti e como adquirir um controle epidemiológico.
Ao longo da edição, os docentes citam as sutis diferenças de sintomas entre as quatro doenças e como agir quando eles aparecem. Eles ressaltam que não há tratamento para as quatro doenças, mas sim um tratamento dos sintomas. "Geralmente, quando a pessoa começa a achar que está melhorando de doenças como dengue e febre amarela, é o momento em que ela pode apresentar as complicações – sangramento ou queda de pressão arterial, por exemplo. Por isso, o momento de maior atenção passa a ser justamente depois dos primeiros dias de sintomas. Logo no primeiro dia que a pessoa achar que está melhorando, é imprescindível que ela tome ainda mais cuidado e continue acompanhando o caso", alerta Bernardino.
Outro ponto debatido no Sapiência Especial diz respeito ao cuidado com a proliferação do mosquito de acordo com as épocas do ano. Embora as campanhas sejam mais intensas no verão, Bernardino ressalta que o cuidado tem que ser permanente. "Há algumas questões além das sazonais. As distribuições de água, esgoto e lixo não dependem das estações do ano, acontecem o todo tempo e tem total relação com as doenças transmitidas pelo Aedes aegypti", explica o docente. É fato que o mosquito se desenvolve melhor em temperaturas entre 5ºC e 32ºC e em regiões com grande quantidade de umidade. "No entanto, se ainda assim tivermos todas essas condições, mas se houver uma coleta de lixo adequada e se não existir criadouro do mosquito por todos os lados, a proliferação será controlada. Nós temos a capacidade de fazer uma gestão sobre isso e amenizar o problema", esclarece Bernardino. Na ocasião, os docentes informam sobre as principais medidas de combate ao mosquito e quais não são consideradas adequadas – embora ainda sejam utilizadas no Brasil, mesmo com pouca eficácia. O Sapiência fala ainda sobre os cuidados que pessoas que já possuem outras doenças de base – como diabetes, pressão alta e doenças do coração – devem tomar, tendo em vista que é um público mais suscetível.
Também é abordado o preparo da rede pública para lidar com diagnóstico e tratamento dessas doenças. "De maneira geral, nenhum sistema de saúde no mundo está suficientemente pronto para receber uma epidemia como essa que estamos enfrentando. Algumas são doenças relativamente novas, como a zika, o que traz mais dúvidas para os pesquisadores. Por isso, existe ainda um tempo até que se consiga uma capacitação adequada dos profissionais", alerta a professora Larissa. No âmbito da rede pública, a docente afirma que País está caminhando para o fortalecimento da atenção primária, o que traz uma capacidade de resposta muito mais forte. "No entanto, temos um problema de financiamento crônico. Além disso, faltam materiais e condições de recursos humanos para que as pessoas consigam trabalhar. Estamos cada vez mais avançando no conhecimento, mas ainda não estamos prontos para enfrentar epidemias adequadamente. É necessário que todos os profissionais da sociedade – não apenas médicos ou enfermeiros – se envolvam na causa", opina a professora.
Os assuntos relacionados às doenças transmitidas pelo Aedes aegypti são complementados no segundo programa Sapiência Especial, que vai ao ar no dia 13 de abril e aborda especificamente os temas "Microcefalia e Síndrome de Guillain Barré causadas por Zika". Os convidados deste programa são os professores Débora Gusmão Melo, do DMed, e Thiago Russo, do DFisio, e Gardenia Barbosa, pós-doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Educação Especial da UFSCar. 
Estas duas edições especiais acontecem no âmbito da Campanha "UFSCar contra Aedes", que faz parte de um esforço nacional de combate ao Aedes aegypti. O projeto tem ações em curto, médio e longo prazos em diferentes frentes, envolvendo desde as orientações para combate aos criadouros do mosquito até a produção e o compartilhamento de conhecimento científico relacionado ao mosquito e às doenças. Ao todo, foram formados cinco comitês que atuam de forma conjunta em cinco diferentes áreas. São eles: comitê científico; ações internas; ações externas; comunicação e difusão; e sistemas de informação em saúde. Mais informações sobre a Campanha podem ser conferidas em www.combateaedes.ufscar.br.

Sobre o Sapiência
O programa Sapiência é uma realização da CCS/UFSCar em parceria com a Rádio UFSCar. Voltado à divulgação científica, pretende trazer aos ouvintes informações acessíveis sobre as pesquisas desenvolvidas nos Centros Acadêmicos dos quatro campi da UFSCar – São Carlos, Araras, Sorocaba e Lagoa do Sino – e suas aplicações no dia a dia. A atração também aborda atividades de ensino e extensão – algumas, inclusive, abertas às comunidades interna e externa – com o intuito de mostrar a produção do conhecimento dentro da Universidade. Os programas são veiculados semanalmente às quartas-feiras, às 11 horas, pela Rádio UFSCar. Também é possível ouvir os programas já transmitidos pelo site da CCS, em www.ccs.ufscar.br/sapiencia.



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