terça-feira, 1 de novembro de 2016

A CULTURA NEGRA É O DESTAQUE DA PROGRAMAÇÃO DE NOVEMBRO DA CAIXA CULTURAL SÃO PAULO



 Oficina ensinará estudantes a criar as tradicionais bonecas Abayomi, feitas de retalhos de pano
Imagem: Divulgação


A CULTURA NEGRA É O DESTAQUE DA PROGRAMAÇÃO DE NOVEMBRO
DA CAIXA CULTURAL SÃO PAULO


Programa de arte-educação Gente Arteira celebra o Dia da Consciência Negra com diversas atividades;
A mostra de cinema África(s). Cinema e Revolução, no CAIXA BELAS ARTES, também homenageia a data


No mês em que se comemora o Dia da Consciência Negra, a CAIXA Cultural São Paulo apresenta uma programação especial, que valoriza a contribuição do negro para a história, a cultura e para a sociedade brasileira. Em apoio ao tema, o programa Gente Arteira realizará oficinas com temas relacionados à história dos negros em São Paulo, sobre bonecas africanas, a capoeira de Angola e abordará a temática étnico-racial no espaço escolar.  Complementam a grade do Gente Arteira, oficinas de Dança Lúdica para idosos, deficientes auditivos, curso de linguagem audiovisual para docentes e estudantes, além dos eventos que já acontecem mensalmente, como Contação de Histórias em Libras-Português e Libras de Arruar. A participação em todos os eventos é gratuita e as vagas são limitadas. Para mais informações sobre datas, horários e forma de inscrição, confira no fim deste release os serviços de cada evento.  

Em paralelo com a programação especial da Caixa Cultural São Paulo, na Praça da Sé, o CAIXA BELAS ARTES recebe a mostra África(s). Cinema e Revolução, uma homenagem ao cinema criado no contexto de independência e revolução dos países africanos. A mostra, que estreia no dia 10 de novembro, terá 39 produções exibidas, entre curtas e longas-metragens.


ATIVIDADES RELACIONADAS ÀS CELEBRAÇÕES DO DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA


No dia 20,  feriado municipal da Consciência Negra, os participantes da oficina SAMPA NEGRA - Lugares da Memória Negra serão estimulados a refletir sobre temas como a memória, representação, presença, identidade e territorialidade do negro na cidade de São Paulo. Além de recursos como a fotografia, o público fará um passeio guiado pelo largo da Liberdade, Cemitério dos Aflitos, Largo do Paissandu, Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos e Galeria 24 de Maio, locais da territorialidade negra antiga e contemporânea de São Paulo.

No dia 26, será realizada a oficina Representatividade étnica e desafios em espaços de aprendizagem voltada para professores e educadores em geral. O tema central será a Lei 10.639/03, que instituiu a obrigatoriedade do ensino da história e cultura afro-brasileira e africana em todas as escolas, públicas e particulares, do ensino fundamental até o ensino médio. Tendo como eixo temáticos África, Religiosidade, Trabalho e Escravidão, Arte, Cotidiano, Conflitos Raciais, os professores estarão aptos, ao final do evento, para trabalhar em sala de aula elementos discutidos durante a oficina e relacionados a lei já citada.

Já os estudantes poderão criar as tradicionais bonecas Abayomi ("meu presente", em Yorubá). Abayomis são bonecas de retalhos de pano feitas sem cola ou costura, para uso de meninos e meninas, sempre de cor preta, sem demarcações de olho, boca e nariz de maneira a identificar as várias etnias africanas. Nessa oficina, as crianças aprenderão a confeccioná-las e também refletirão a respeito da História afro-brasileira.

Também direcionada ao público estudantil, a oficina Capoeira Angola pretende aproximar os jovens dessa manifestação que une dança e luta. Para isso, serão utilizadas a musicalidade e a experimentação de instrumentos como o berimbau, com as letras de músicas cantadas nas rodas de capoeiras. Esse processo culminará em uma roda, realizada a partir de alguns movimentos ensaiados no decorrer da oficina. A capoeira tão presente em nossa cultura -  e que representa a luta e resistência dos negros brasileiros contra a escravidão  - foi reconhecida pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) como patrimônio imaterial da humanidade.


OFICINAS PARA DOCENTES, ESTUDANTES, IDOSOS E DEFICIENTES


Nos dias 4 e 11 de novembro, os idosos poderão estimular a criatividade, a atenção, a consciência e a expressão corporais no curso Dança Lúdica para a Terceira Idade, que se vale de exercícios de mobilização articular, danças sociais e circulares.

O professor doutor no Departamento de História da Universidade de São Paulo, Maurício Cardoso, ministrará, no dia 26, a oficina O Cinema no Ensino: a linguagem audiovisual e a sala de aula, atividade que visa fornecer aos professores ferramentas para aperfeiçoar o audiovisual em sala de aula. Nela, os participantes conhecerão as características fundamentais da linguagem audiovisual e suas possibilidades de trabalho pedagógico levando em consideração as narrativas fílmicas a partir da televisão, da internet, smartphone, games e do cinema.

Também na linha do audiovisual, mas dirigida ao público escolar, a oficina Flipbook tem o intuito de aproximar o aluno da linguagem cinematográfica. "Flipbook" é um conjunto de imagens organizadas de forma sequencial em um livreto para ser folheado, trazendo a sensação de movimento, criando assim, uma sequência animada.

Deficientes auditivos com idade a partir de 14 anos podem participar da oficina Vibração: percepção de ritmos por meio da qual, a partir da percepção de ritmos na vibração de um celular, de danças e expressões corporais aprimorarão sua coordenação motora e a sua expressão criativa através do corpo.

Complementam a programação do Gente Arteira duas sessões da  Contação de Histórias em Libras e Português e quatro de Libras de Arruar.

Em Contação de histórias em Libras e Português, uma monitora,  cuja língua materna é Libras,  narrará histórias para crianças surdas, ao mesmo tempo em que outro monitor bilíngue repassará a história em Português. O título adaptado da história a ser contada no mês de Novembro é: A galinha e seus filhotes.
A ação educativa Libras de Arruar visa também integrar os deficientes auditivos e a população em geral. Nessa atividade,  os transeuntes que passarem em frente da CAIXA Cultural, na Praça da Sé,  serão convidados por educadores (em Libras-Português) a participar de rápidas experiências em Libras e a conhecer mais sobre a CAIXA Cultural e o contexto histórico do centro paulistano.

Cena do filme "Na cidade vazia" (2004), de Maria João Ganga.
Um dos destaques da Mostra, este foi o segundo filme feito em Angola depois da independência e o primeiro feito por uma mulher no país. Imagem: Divulgação


Mostra ÁFRICA(S). CINEMA E REVOLUÇÃO

Celebrando o mês da Consciência Negra, o cine CAIXA BELAS ARTES exibirá filmes históricos, realizados ainda no período colonial, durante as lutas pela independência e nos primeiros anos da liberdade, bem como obras contemporâneas que tratam da memória do colonialismo português na África. Somam-se, assim, visões do futuro e visões do passado – filmes de clara ambição coletiva feitos no contexto do cinema revolucionário e militante combinados a realizações contemporâneas que oferecem uma perspectiva mais individual e familiar.

Com curadoria de Lúcia Monteiro, é a primeira mostra desta envergadura dedicada ao tema no Brasil, com exibição de 38 filmes - muitos deles inéditos para o público brasileiro. Também serão realizados debates com realizadores como Camilo de Sousa, Celso Luccas, Flora Gomes, Mathieu Kleyebe Abonnenc, Raquel Schefer e Ruy Guerra. As sessões serão comentadas por diversos especialistas e serão promovidas duas oficinas.


ATIVIDADES COMPLEMENTARES GRATUITAS - Mostra ÁFRICA(S). CINEMA E REVOLUÇÃO

DEBATE: O cineasta Flora Gomes conversa sobre sua obra com a pesquisadora Carolin Overhoff Ferreira. 18/11, sexta-feira, 20h00. CAIXA Belas Artes / 141 vagas / chegar com uma hora de antecedência.


MESA REDONDA: O nascimento do cinema moçambicano. Com Ruy Guerra, José Luís Cabaço, Rita Chaves, Camilo de Sousa e Isabel Noronha. 16/11, quarta-feira, 18h30. CAIXA Belas Artes / 141 vagas / chegar com uma hora de antecedência.


OFICINA MEMÓRIA E AUDIOVISUAL I: Filmes de segunda mão, ou a reapropriação de arquivos familiares, com Raquel Schefer. 12/11, sábado, 16h00 CAIXA Cultural/50 vagas/Inscrições:  mostraafricas@gmail.com

OFICINA MEMÓRIA E AUDIOVISUAL II: O conceito de casa da memória negra: Cinema expandido e história da preservação e divulgação da memória negra local, com Lilian Solá Santiago. 19/11, sábado, 15h00 *** Local:  CAIXA Cultural/50 vagas/Inscrições: mostraafricas@gmail.com

Serviço:
Mostra "África(s). Cinema e Revolução"
Local: Caixa Belas Artes (Rua da Consolação, 2423 – Consolação)
Data: 10 e 23 de novembro de 2016
Horário: vide programação
Classificação indicativa: vide programação
Sala: 4 – Aleijadinho
Capacidade: 144 lugares
Duração: vide programação
Entrada: R$ 10,00 (inteira) e R$ 5,00 (meia). Ingresso passaporte: R$ 30,00. Além dos casos previstos em lei, clientes CAIXA pagam meia
Funcionamento: de segunda-feira a domingo, das 13h30 às 23h30
Informações: (11) 2894-5781
Caixa Belas Artes: www.caixabelasartes.com.br
Fanpage: facebook.com/CaixaCulturalSaoPaulo/events
Patrocínio: Caixa Econômica Federal

Produção: StudioIntro Bureau Audiovisual
Coprodução: Buena Onda Produções Artísticas e Culturais
Apoio Institucional: CEA - Centro de Estudos Africanos da Universidade de São Paulo (USP), CINUSP, Consulado Geral da França em São Paulo e Institut Français du Brésil – com a participação da Cinémathèque Afrique do Institut Français, Consulado Geral da República de Angola em São Paulo, EYE Film Institute Netherlands, Fundação Calouste Gulbenkian e SPCine.
Apoio: eComunica, Apfel Restaurante, Exquisito Bar e Restaurante, Max Abdo Bistrô, Paribar, Rota do Acarajé Comida Típica Baiana e Pousada Ziláh.



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