Concerto Lírico vai apresentar obras dos compositores alemães Strauss e Wagner, e terá Eliane Coelho pela primeira vez à frente da Orthesp
Considerada a cantora brasileira com maior destaque no exterior, Eliane Coelho é a próxima convidada da Orquestra do Theatro São Pedro (Orthesp) em sua série de concertos líricos da temporada. As apresentações acontecem na sexta-feira (02), às 20h30, e no domingo (04), às 17h.
Dentro da busca constante pela pluralidade de interpretações artísticas e pela presença de importantes profissionais da ópera, o mês de agosto receberá dois regentes especializados nesta linguagem. Neste primeiro concerto, teremos a regência do maestro convidado Abel Rocha.
Eliane Coelho vai interpretar um repertório composto predominantemente de obras de compositores alemães, especialidade da solista.
A primeira parte do programa traz o "Prelúdio e Morte de Amor", da ópera Tristão e Isolda, uma homenagem ao compositor Richard Wagner (1813–1883), cujo bicentenário é celebrado este ano. "Apesar de não termos uma ópera exclusivamente dedicada à Wagner, não quisemos deixar de homenageá-lo, dada sua imensa importância para música lírica. Sua obra estará presente em vários concertos líricos ao longo da temporada", destaca Emiliano Patarra, diretor artístico do Theatro São Pedro e regente titular da Orthesp.
Para mudar um pouco o tom, após a densidade de um drama, a orquestra apresenta o célebre "Capricho Espanhol", de Nikolai Rimsky-Korsakov (1844 – 1908), fechando a primeira metade do concerto.
A segunda parte do programa será totalmente dedicada a outro compositor alemão. Richard Strauss (1864 – 1949) é famoso por sua produção operística. Considerado o maior operista da primeira metade do século XX, sua relação de amor com a voz humana - principalmente a voz feminina - fez com que Strauss dedicasse grande parte de sua obra à canção. Suas "Quatro Últimas Canções", compostas em 1948, estão entre as obras mais importantes da literatura vocal-sinfônica de todos os tempos. Com textos de Herman Hesse e Joseph von Eichendorff, o ciclo fala sobre a morte e a sua aceitação, refletindo a visão de um compositor maturo, no crepúsculo de sua vida.
Orquestra do Theatro São Pedro (Orthesp)
Composta por 54 músicos, a Orquestra do Theatro São Pedro foi criada para ser o corpo musical exclusivo do teatro e referência em ópera e música lírica em São Paulo.
Suas atividades tiveram início em junho de 2010, com a apresentação de um concerto em homenagem ao compositor Carlos Gomes. Desde então, a Orthesp apresenta-se regularmente aos finais de semana.
Os responsáveis por toda a concepção da Orquestra foram os regentes Roberto Duarte, com ampla experiência internacional, e Emiliano Patarra, que a partir de 2003 passou acompanhar a trajetória do Theatro São Pedro.
O maestro Emiliano Patarra é hoje o regente titular da orquestra e Carlos Morejano, o regente adjunto.
Abel Rocha
Maestro
Diretor artístico do Theatro Municipal de São Paulo e regente titular da Orquestra Sinfônica Municipal nos anos de 2011 e 2012, Abel Rocha é um especialista em ópera, mas sua posição de destaque no cenário brasileiro se deve a uma atuação versátil e diversificada, no repertório sinfônico e também na direção musical de espetáculos cênicos, como balés, peças de teatro, e de diversos shows e musicais.
Com intensa atuação no universo operístico, foi o responsável pela regência e direção musical de títulos dos mais importantes compositores do gênero, do barroco de Monteverdi (Il Combattimento di Tancredi e Clorinda, L'Orfeo e Il ballo delle Ingrate) à modernidade de Schönberg (Erwartung) e Debussy (Pelléas et Mélisande), passando por Händel (Alcina), Purcell (Dido and Aeneas), Mozart (Le Nozze di Figaro e Die Zauberflöte), Rossini (Il Barbiere di Siviglia), Donizetti (Il Campanello di Notte e L'Elisir d'Amore), Ricci (La Serva e l'Ussero), Verdi (La Traviata), Bizet (Carmen) e Puccini (Gianni Schicchi, Madama Butterfly e La Bohème ), Leoncavallo (I Pagliacci), Poulenc (La Voix Humaine) e Menotti (The Telephone). Realizou as estreias mundiais de títulos brasileiros como Anjo Negro, de João Guilherme Ripper, Brasil outros 500, de Toquinho e Millôr Fernandes, e A Tempestade, de Ronaldo Miranda. Trabalhou, ainda, como diretor de voz e maestro residente da Cia. Brasileira de Ópera.
Entre 2004 e 2009, teve atuação marcante como diretor artístico e regente titular da Banda Sinfônica do Estado de São Paulo, na qual empreendeu uma profunda reestruturação artística e administrativa.
Nos últimos anos, Abel Rocha conduziu diversos programas sinfônicos à frente das mais importantes orquestras brasileiras, tais como a Sinfônica Brasileira (OSB), Sinfônica de Porto Alegre, Filarmônica de Minas Gerais, Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro (Brasília), Camerata Antiqua de Curitiba, Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp), Experimental de Repertório (OER), Sinfônica Municipal de São Paulo, Jazz Sinfônica, Sinfônica do Paraná, Sinfônica de Londrina, Sinfônica da Bahia, Sinfônica da Universidade de São Paulo (Osusp), Sinfônica de Santos, Sinfônica de Ribeirão Preto, Sinfonia Cultura, Sinfônica Paulista, Orquestra de Câmara da Unesp, etc. Em 2010, estreou como regente convidado frente à Orquestra Sinfônica do SODRE, de Montevidéu.
Como regente coral, foi diretor do Coral Paulistano (Theatro Municipal, de 1987 a 1990), presidente da APARC – Associação Paulista de Regentes Corais (de 2000 a 2004) e diretor artístico do coral Collegium Musicum de São Paulo (de 1983 a 2010).
Além da carreira artística, Abel Rocha tem sido professor e regente em diversos festivais de música. Atualmente, é professor de regência da Unesp.
As várias facetas de sua atividade profissional renderam a Abel Rocha diversos prêmios, entre os quais o de Melhor Regente Coral nos anos de 1987 e 1995, conferidos pela Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA), o 1º lugar no VIII Concurso Nacional de Corais do Rio de Janeiro, em 1982, e o 3º lugar no Concurso Nacional de Corais de São Paulo, em 1996. Foi duas vezes indicado para o Prêmio Carlos Gomes, na categoria Grupo Coral.
Formado pela Unesp, realizou especialização em regência de ópera na Robert-Schumann Musikhochschule de Düsseldorf, Alemanha, e obteve o doutorado pela Unicamp. Durante os anos de formação foi orientado por Hans Kast, Roberto Schnorrenberg e Eleazar de Carvalho.
Eliane Coelho
Soprano
Carioca, diplomou-se na Escola Superior de Musica e Teatro de Hannover, para depois seguir uma brilhante carreira no exterior.
De 1983 a 1991, atuou na Opera de Frankfurt, na Alemanha e, a partir de setembro de 1991, na Opera de Viena, Austria, na qual recebeu o titulo de Kammersängerin em 1998. Neste prestigioso espaço vienense, teve numerosos papeis, entre eles: Tosca, Butterfly, Maria Stuarda, Fedora (com Placido Domingo), Madeleine (Andrea Chenier), Arabella, Salome (Herodiade, com Placido Domingo, Jose Carreras, Ferruccio Furlanetto), Margherita e Elena (Mefistofele), Elettra (Idomeneo, regência de Sir Colin Davis)
Também cantou em muitas óperas de Verdi: Lady Macbeth (com Leo Nucci), Leonora (Trovatore), Aida, Desdemona (Otello, com Renato Bruson), Lina (Stiffelio, com Renato Bruson, Placido Domingo, Jose Carreras), Elena (Vespri Siciliani, com Ferruccio Furlanetto, Renato Bruson), Elisabetta (Don Carlo), Elvira (Ernani), Abigaille (Nabucco, com Leo Nucci), Helene
(Jerusalém, com Jose Carreras, Ferruccio Furlanetto, Samuel Ramey e regência de Zubin Metha).
Como convidada, se apresentou em muitos outros teatros: La Scala (Butterfly, com Maestro Riccardo Chailly), Bastille (Salome, com Maestro Donald Runnicles), Festival Aix-en-Provence
(Elettra, Idomeneo), Stockholm (Arabella, Aida, Tosca), Munique (Salome, Donna Elvira, Elettra), Berlin (Salome, Butterfly, Tosca, Aida ,Turandot), Dresden (Salome, Butterfly, Aida), Nice ( Elettra), Marseille( Salome), Copenhagen (Salome, Butterfly), Napoles (Tosca), Torino (Lulu, Elettra), Catania (Elettra), Budapest (Salome), Sofia (Maria Tudor), Bucarest (Simone Boccanegra, Gioconda, I due Foscari), Praga (Salome), Sao Petersburgo(Salome), Valencia (Salome), Zurique (Mimi, Andrea Chenier, Fedora), Tokio, entre outros.
De todos os papeis que ja cantou, o que mais se destaca é a Salome de Strauss, que a acompanha desde 1986, e que ela interpretou cerca de 150 vezes. Seu repertório é muito extenso, e continua se enriquecendo com novos papeis. Nos últimos anos, cantou La Gioconda em São Paulo e Manaus. Em Manaus, também cantou Lady Macbeth de Mzensk, de Schostacovich e sua primeira Isolda.
Em 2012 cantou sua primeira Brünnhilde no Crepúsculo dos Deuses em São Paulo.
SERVIÇO
Orquestra do Theatro São Pedro
Theatro São Pedro
Regência: Abel Rocha
Solista: Eliane Coelho (soprano)
Programa:
R. Wagner
Prelúdio e Morte de Tristão e Isolda
Rimsky-Korsakov
Capricho Espanhol
Richard Strauss
As Quatro Últimas Canções
Sexta-feira, 02/08, às 20h30, e domingo, 04/08, às 17h, no Theatro São Pedro
Rua Albuquerque Lins, 207 – São Paulo - SP
Metrô Marechal Deodoro
Tel. (11) 3667-0499
Capacidade: 636 lugares
Duração: 90 minutos
www.theatrosaopedro.org.br
Ingressos:
Preços: R$ 30,00 (Inteira) e R$ 15,00 (meia-entrada)
Descontos
Estudantes, aposentados, pessoas acima dos 60 anos e professores da rede pública estadual, devidamente identificados, têm desconto de 50% nas assinaturas.
Bilheteria: terça a domingo, das 10h às 13h e das 14h às 18h. Em dia de evento noturno, até o início do espetáculo.
Ingresso rápido: (11) 4003-1212 / www.ingressorapido.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário