terça-feira, 27 de julho de 2010

ENTREVISTA COM A ANA BEATRIZ BARBOSA SILVA

 

Excelente a explação da médica psiquiatra, Ana Beatriz Barbosa Silva, no programa RODA VIVA, da TV Cultura, desta última segunda-feira.

Mais uma vez, ela demonstrou competência, objetividade e coragem

em defesa da sociedade, colocando em evidência o grave problema

social que estamos vivenciando, na questão da violência.


Todas suas explicações demonstraram a grande necessidade de medidas eficazes para proteger a sociedade dos psicopatas, que são pessoas que nascem sem consciência, ou seja, sem qualquer vestígio de arrependimento ou remorso ao praticar maldades a quem quer que seja, visando o próprio benefício.


Essas pessoas por terem uma inteligência notável e, ao mesmo tempo, serem sedutoras conduzem com facilidade suas vítimas a caírem em suas cruéis armadilhas. Perversas, destruidoras de sonhos, provocam desde as mais desagradáveis situações até os mais tenebrosos acontecimentos, sempre em benefício próprio e prejuízo para os outros.


Entretanto como elas têm por si mesmas um enorme apreço a única coisa que bloqueia sua maldade é o castigo que possa ter como consequência.

Isso mostra o quanto a impunidade pode ser um estímulo para que novos crimes sejam cometidos. Não só a impunidade, como a falta de educação e de bons exemplos.


Sendo que a psicopatia está presente em qualquer classe social,

faz-se necessária uma supervisão através de uma avaliação

mental realizada por um médico psquiatra, para que nenhum profissional, na sua área de trabalho, possa acarretar prejuízos para um determinado grupo social ou até para uma população inteira.


São necessárias leis que reprimam o comportamento cruel do psicopata e crie um ambiente fraterno e amoroso dentro da sociedade.

Como a médica entrevistada relembra, o psicopata já nasceu com tendência à crueldade. E isto o difere do criminoso comum que, uma vez recuperado, não representa mais um perigo para a sociedade.

O psicopata precisa de um hospital psiquiátrico para receber tratamento; ser alvo de estudos da Medicina para que

a cura seja descoberta. E, nos níveis graves, não pode viver em sociedade.


Nas duas situações, porém, a punição não pode ser moldada com os mesmos requintes crueis utilizados pelo criminoso. Sua recuperação deve ser conquistada através do trabalho, da educação, da religião, de bons exemplos e de uma política que proporcione igualdade de direitos, de deveres e uma boa qualidade de vida para todos. Valorizando sempre o ser e não o ter.


                                         Nair Lúcia de Britto


 

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